Inaugurado hospital financiado pela Unasul
Leandro Maceo Leyva.
PORTO PRÍNCIPE.— Após ser financiado pela União das Nações
Sul-americanas (Unasul), reconstruído e ampliado com a cooperação
cubana, venezuelana e argentina, ficou totalmente reanimado na
localidade de Corail, do departamento Grand'Anse, o hospital
comunitário de referência situado ali.
Nesse sentido, o presidente do Haiti, Michel Martelly, que teve um
ameno diálogo com sua homóloga argentina, Cristina Fernández de
Kirchner através duma videoconferência, agradeceu este apoio oferecido
a seu povo e governo, enquanto advogava por "continuar a cooperação".
Martelly disse receber com prazer as chaves deste hospital que vai
proporcionar saúde a uma população de mais de 150 mil habitantes, que
dantes contavam com o esforço dos médicos cubanos.
Igualmente, salientou a contribuição que a Maior das Antilhas
desenvolve na nação caribenha a qual, assegurou, se alarga a "muitos
níveis". "Identificamos em Cuba um país que quer partilhar tudo o que
tem com o Haiti", apontou.
O presidente haitiano se referiu, também, ao falecido ex-presidente
argentino Néstor Kirchner, artífice da presença da Unasul no Haiti, a
quem qualificou como "um importante líder da região, que lutou pela
paz e a integração".
Nesse âmbito, Fernández de Kirchner agradeceu "como pessoa, como
mulher e como presidenta" a imposição do nome de Néstor Kirchner à
instalação, a qual definiu como a "primeira obra física da Unasul".
"Que sejam quatro países em vias de desenvolvimento os que se juntem
para fazer esta obra deveria mobilizar um pouco mais os países
desenvolvidos, que têm muito a ver com a realidade do Haiti", apontou
a presidenta.
Por seu lado, o vice-presidente argentino Amado Boudou, que se
encontrava junto ao presidente haitiano, ressaltou que a construção do
hospital é resultado duma "cooperação Sul-Sul sem intermediários nem
consultoras". E assinalou que se trata de "um trabalho conjunto entre
povos irmanados para resolver questões concretas".
A vice-ministra de Saúde de Cuba, Marcia Cobas, reiterou a decisão do
governo e povo cubanos de continuar apoiando o Haiti.
