Organizações latino-americanas repudiam plano para desestabilizar política de Cuba

Adital
A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) afirmou repudiar o novo plano dos Estados Unidos contra Cuba, que se utilizaria de jovens latino-americanos para semear desestabilização política no país socialista. Em comunicado publicado, a entidade reclama o fim das ações subversivas, ilegais e encobertas por parte do governo estadunidense, que violam a soberania e o direito do povo cubano à autodeterminação.No início deste mês, o Governo de Cuba descobriu e desbaratou uma operação secreta da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, United States Agency for International Development), que recrutava jovens procedentes da Venezuela, Costa Rica e Peru desde 2009. A pretensão era estimular potenciais agentes desestabilizadores da política nacional e coletores de informação valiosa para o Governo do EUA, fomentar oposição e propiciar um colapso do governo cubano.
"Os países membros da ALBA-TCP expressam sua mais profunda solidariedade com a República de Cuba e exigem ao Governo dos Estados Unidos que respeite a vontade expressa do povo cubano de continuar aperfeiçoando seu modelo econômico e social e consolidando sua democracia, sem ingerências externas”, declara a Associação.
A organização se diz indignada diante das revelações apresentadas pela agência de notícias estadunidense Associated Press(AP), dizendo considerar o projeto "imoral”. "Cuja autoria e execução o Governo dos Estados Unidos reconheceu de maneira cínica, ratifica o caráter hostil e intervencionista da política norte-americana direcionada a Cuba”, afirmou.
Denúncia de infiltrados
Já a Associação Amizade Honduras Cuba (AHC), que organiza o VIII Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba "Comandante Fidel Castro Ruz” — que será realizado nos dias 05 e 06 de setembro deste ano, na cidade hondurenha Choluteca, a 133 quilômetros da capital Tegucigalpa —, chama à solidariedade militante para que se façam denúncias. A entidade defende que todo hondurenho ou estrangeiro que seja contratado por agências de "cooperação e desenvolvimento” dos EUA em território de Honduras seja delatado às autoridades.
"A revolução cubana é um exemplo de dignidade e vanguarda para nossos povos e suas conquistas e solidariedade internacionalista chegam à mais remota de nossas comunidades rurais”, argumenta a entidade em comunicado. "Condenamos essa política intervencionista e conspirativa dos EUA, em vez de reconhecer sua equivocada política beligerante e mercenária contra um povo heroico e retirar o bloqueio genocida mais longo conhecido pela história humana contra nenhum outro povo”, complementa severamente.
A organização compreende que o governo estadunidense pretende ver Cuba e seu povo tal como hoje se encontra Honduras: com alto índice de criminalidade e consumo de narcóticos, violência, despojo de recursos naturais e do patrimônio nacional, militarização da sociedade e do Estado, corrupção pública e privada, além da impunidade no país.
"E o mais grave: uma classe política e empresarial carente de sentimentos pátrios, sustentada nos valores de usura, saque, despojo e desprezo pelo ser humano e pela natureza”, indica a Associação. "Os valores da solidariedade e da amizade são dos nossos povos e isso não se vende nem se aluga”, finaliza a organização.



O documento que se convencionou denominar “Relatório Goldstone” – devido ao nome do juiz encarregado da missão, o sul-africano e judeu Richard Goldstone – comprova em mais de 500 páginas de pareceres, testemunhos de palestinos e israelenses e descrições da região, que crimes de guerra e “possíveis crimes contra a humanidade” foram cometidos pelo Exército de Israel, apontando também para violações que teriam sido cometidas pelas forças da resistência palestina, sobretudo as Brigadas Ezedeen Al-Qassam, ligadas ao Hamas, partido à frente do governo em Gaza.
A propósito, a resposta israelense às acusações de uso dessas armas ilegais foi a de que isso só ocorreu em “zonas abertas” e não habitadas, para efeitos de iluminação noturna. Na atual ofensiva, porém, o Exército de Israel parece ter descoberto a existência de sinalizadores, já que muitas das imagens divulgadas por esses dias têm o efeito sombrio da escuridão assim iluminada. A escuridão, por sua vez, resulta dos ataques às redes elétricas e a um racionamento já em vigor há meses, devido ao bloqueio a Gaza.
Hospitais abarrotados
Ainda em 2012, em conversa com a jornalista do diário israelenseHaaretz, Amira Hass, que cobriu aquela e a atual ofensiva, ouvi que os soldados não sabiam o que faziam e não eram informados dos procedimentos ou dos objetivos da “operação militar”. Eles “davam declarações que faziam pouco sentido e informações incorretas” quando eram entrevistados, disse ela. Mesmo assim, eram, como hoje, os protagonistas das propagadas nacionalistas de guerra e do “esforço heroico” oferecido à “população inocente de Israel”.
Outra forma de se eximir é a