domingo, 30 de junho de 2013

CORREA DÁ PUXÃO DE ORELHAS EM COVARDE-OBAMA E ESCULACHA O IMPÉRIO !


AFP
Tradução:ADITAL
Em resposta às ameaças dos Estados Unidos de bloquear a renovação de preferências tarifárias ao Equador caso outorgue asilo político a Edward Snowden, o governo equatoriano anunciou que renuncia de forma "unilateral e irrevogável” a esses privilégios.
O Secretário de Comunicação do Equador, Fernando Alvarado, explicou em uma conferência de imprensa que a decisão do governo foi tomada "ante a ameaça, insolência e prepotência de certos setores políticos, grupos midiáticos e poderes fáticos estadunidenses que têm pressionado para retirar as preferências tarifárias –ATPDEA, sigla em inglês- a nosso país”.
"O Equador não aceita pressões nem ameaças de ninguém e não negocia com os princípios, nem os submete a interesses mercantilistas por mais importantes que sejam”, declarou Alvarado.
O Equador oferece ajuda econômica aos Estados Unidos
O Secretário de Comunicação não se limitou a essas declarações e anunciou que o "Equador oferece aos Estados Unidos uma ajuda econômica de 23 milhões de dólares anuais, montante similar ao que recebíamos pelas preferências tarifárias, com a finalidade de oferecerem capacitação em matéria de direitos humanos que contribua para evitar atentados à intimidade das pessoas, torturas, execuções extrajudiciais e demais atos que denigrem a humanidade”.
"Expressamos o carinho, o apreço e o respeito ao povo estadunidense com o qual sempre mantemos excelentes relações e nos solidarizamos com ele devido à espionagem massiva da qual também tem sido objeto”, concluiu Alvarado.
Desse modo, o secretário equatoriano de Comunicação responde às ameaças de certos legisladores estadunidenses sobre a possível retirada dessas preferências tarifárias e sobre outras represálias de caráter econômico e comercial caso Quito ofereça asilo a Snowden.
O senador democrata estadunidense Robert Menéndez advertiu na quarta-feira passada (26/06) que a concessão de asilo ao ex-empregado da CIA poderia colocar "gravemente em jogo” a renovação da Lei de Promoção Comercial Andina e Erradicação da Droga (ATPDEA) e também do Sistema Generalizado de Preferências (GSP), que caducam no dia 31 de julho.
Assegurou também que o governo dos Estados Unidos "não vai recompensar países por seu mal comportamento” e chamou o presidente equatoriano Rafael Correa a que "faça o correto para os EUA e para Equador e rejeite a solicitação de asilo de Snowden”.
Anteriormente, outro legislador estadunidense, o congressista democrata Sander Levin, também ameaçou o Equador com a revogação da renovação da ATPDEA

MERCADOS - QUEM SÃO ?

Quem são os ‘mercados’?
Por Diego Escribano
Madri, Espanha
Há décadas que o Consenso de Washington ostenta uma posição dominante com pretensão de modelo único, universal. Os governos de Reagan e Thatcher marcaram o caminho para todo o mundo.
Privatizações, desmantelamento dos serviços públicos, menos impostos para os mais poderosos, decadência das classes médias. "Década perdida” na América Latina.
Absolutismo de mercado de resultados duvidosos.
Segundo a informação que conhecíamos em 2011, a desigualdade nos países da OCDE alcançava a sua cota mais alta nas últimas décadas. Uma elite se beneficiou de um sistema que favorece, que lhe permite dar renda solta na sua avareza. Em tempos de globalização, a elite é global, alguns poucos de cada lugar se beneficiam.
Rússia e Brasil acrescentam cada vez mais multimilionários às listas anuais.
Grupos de pessoas, elites, trabalham para render culto ao seu deus, o dinheiro. O lucro máximo. Os mercados são cidadãos com a capacidade de influir, de coagir. Com nomes e apelidos. Com interesses pessoais.
Utilizam distintos mecanismos para o seu benefício, enfrentando o bem-estar da imensa maioria.
As agências de qualificação podem realizar predições equivocadas e enviesadas, mas conseguem exercer uma pressão efetiva. A pressão dos mercados, isto é, de uma pequena minoria capaz de impor mudanças de governo e jogar as dívidas para cima dos cidadãos.
Quem levaria para frente o pagamento imediato de uma dívida diante das necessidades básicas dos seus filhos? No nosso mundo, os desejos de um punhado de prestamistas contam mais do que os de milhões de cidadãos.
Bancos com lucros de centenas de milhões expulsam de sua casa pessoas em situações precárias, sem lhes dar possibilidade de negociar, sem procurar uma solução. Exigindo, de outro lado, o pagamento de uma dívida que condiciona o desesperado da vida. A crise econômica dos últimos anos, que tem provocado tanto sofrimento, é fruto da avareza. Alguns penitentes pediam controle aos governantes, para controlar os seus impulsos daninhos. Seu egoísmo incorrigível.
Centenas de milhões de seres humanos permanecem debaixo da pobreza. Enquanto, em cada ano, a indústria armamentista continua sendo um grande negócio para alguns. Só nos Estados Unidos o orçamento anual supera o bilhão de dólares. Precisam fazer sentir o medo e que a roda da guerra não seja detida, para continuar se enriquecendo.
Boa parte do dinheiro que se obtém na mudança de vendas para clientes incômodos acaba em paraísos fiscais, outra ferramenta de uma estrutura criminosa.
A sangria do dinheiro para estes lugares, procedente de atividades ilícitas, supõe, segundo dados do Banco Mundial, cerca de bilhão e meio de dólares ao ano.
Recursos roubados ao bem-estar coletivo. A fraude fiscal é maior entre os que mais possuem.
A terra se converteu em objeto de especulação.
Terra com distribuição de propriedades que não mudam na América Latina. 80% da terra no Paraguai está em mãos de menos de 3% dos proprietários. No Brasil, menos de 2% dos proprietários açambarcam quase a metade das terras.
Os alimentos têm sido produto de exploração: a fome de muitos melhora o balancete econômico de uns poucos. Os especuladores fazem dinheiro do nada, criando artifícios. Os mercados são "uma grande partida de pôquer mundial, da qual participam as oligarquias mundiais e das quais o resto, 99,9% da população mundial somos meros espectadores impotentes, meros peões do sistema”.
As oligarquias mundiais baseiam o seu poder na desigualdade. A ditadura dos mercados só é factível em sociedades desiguais. A desigualdade exige que alguns possam impor os seus interesses. Por outro lado, as sociedades mais igualitárias tendem a controlar esses excessos.
Um por cento controla cerca de 40% da riqueza mundial; 10% dos lugares mais ricos do planeta concentram 85% da riqueza mundial. 50% dos mais pobres dispõem de 1%.
Nos Estados Unidos, epicentro da atual crise econômica, 1% contribui com dois terços do orçamento total em campanhas eleitorais. Os seus interesses estão bem protegidos. 0,01% dos contribuintes soma ¼ de todo o dinheiro que engorda o seu sistema democrático.
Essa minoria, responsável de camuflar os indignados desejos nos cuidados retóricos superficiais está ganhando a batalha. Nos últimos anos as medidas introduzidas pelos governos têm contribuído para enriquecer o 1%. Recortes e austeridade em época de recessão.
Desemprego e pobreza como consequências inevitáveis.
Warren Buffet, conhecido milionário, afirmou que sua classe ganhou a guerra de classes que se introduziu nos últimos vinte anos.
Sem dúvida, as mudanças são inevitáveis.
Tinha razão Roubini ao escrever que a desigualdade gera desestabilidade e ao constatar o fracasso do denominado modelo neoliberal. Nenhum modelo econômico terá legitimidade se não enfrenta o desafio da desigualdade, eliminando a ignomínia que supõe que milhões de pessoas não conseguem vencer suas necessidades básicas.
Em 2008, ante a demonstração da imensa capacidade de influência dos mais beneficiados pelo estado atual das coisas, traduzida na proposta de empregar fundos públicos para corrigir desmandos financeiros, Stiglitz afirmou que tinha chegado "o fim da ideologia de que os mercados livres e desregulados funcionam sempre”.
Posteriormente, finalizava um texto que suscitou um grande debate, com as seguintes palavras: "Os mercados só funcionam como devido quando feitos dentro de um limite adequado de reguladores públicos; e este limite somente pode ser conseguido em uma democracia que reflete os interesses de todos, não os interesses de 1%. O melhor Governo que o dinheiro pode comprar já não é suficiente”.
- 1% da população controla aproximadamente 40% da riqueza mundial.
- 10% dos lugares mais ricos do planeta concentram 85% da riqueza mundial.
- Um bilhão de pessoas vivem com 4% da riqueza mundial.
- 1% da população dos Estados Unidos contribui com dois terços do orçamento total em campanhas eleitorais. 0,01% dos doadores contribui com a quarta parte do total.
- Em 2008, a ajuda ao desenvolvimento dos países não chegou a ser uma décima parte do gasto militar mundial.
- Segundo as Nações Unidas, com trezentos bilhões de dólares poderia ser erradicada a pobreza extrema. A cifra supõe a terça parte do gasto militar anual.
- 0,1% da população mundial acumula ativos financeiros no valor de 4,27 bilhões de dólares. Deste 0,1%, 73% são mulheres. 53% são do Japão, USA e Alemanha.
- Em 2012, Carlos Slim continuou sendo a pessoa mais rica do mundo. A sua fortuna é calculada em 69 bilhões de dólares.
- Em 2012, o número de pessoas com patrimônios superiores a um bilhão de dólares alcançou a cifra recorde de 1226. A média da sua fortuna é de 3.700 milhões de dólares. A soma total das suas fortunas é de 4,6 trilhões de dólares.
- Os lucros das 500 pessoas mais ricas do planeta são superiores aos lucros de 416 milhões de pessoas mais pobres.
- No mundo que produz alimentos para cobrir com sobra as necessidades de toda a população, um bilhão de pessoas em todo o mundo se encontram famintas todas as noites.
- 3.500 milhões de pessoas, cerca de metade da população mundial, vivem com menos de 2 dólares por dia.
- A desigualdade é muito mais marcante em todo o mundo do que em qualquer país concreto. Uma injustiça tão grande provavelmente provocaria um cataclismo social e político se acontecesse em qualquer país individual.
- Segundo um cálculo realizado por Oxfam, baseado em dados de distribuição de lucros do Banco Mundial, se fosse possível reduzir a desigualdade mundial, mesmo só ao nível da do Haiti (um dos países com maior desigualdade do mundo), o número de pessoas que vive com menos de 1 dólar por dia seria reduzido à metade: 490 milhões. Seria superior, se fizesse uma distribuição de lucros em um país médio (em termos de desigualdade), como Costa Rica, a pobreza de 1 dólar ao dia baixaria para 190 milhões (um quinto do total atual).

HONDURAS - GOLPE DE ESTADO - MALDITOS AMERICANOS !



Tatiana Félix
Adital
Nesta sexta-feira (28), hondurenhos e hondurenhas que vivem nos Estados Unidos da América (EUA) se manifestarão e levantarão suas vozes, pelo quarto ano consecutivo, para dizer "Golpes de Estado nunca mais, nem em Honduras nem em nenhum país de nossa América!”. O protesto acontece em algumas cidades estadunidenses como San Francisco, Boston, Los Angeles e Nova Orleans no aniversário de 4 anos do golpe de Estado que destituiu Manuel Zelaya da presidência de Honduras em 2009.
O objetivo também é condenar a violência e a repressão sofrida pela população, sobretudo, após o golpe, quando se intensificaram os ataques contra ativistas e finalizaram as conquistas sociais e trabalhistas que estavam em ascensão no país antes do golpe.
O Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH) também se manifestou por ocasião da data e reforçou a resistência do povo hondurenho contra a opressão, os ataques e o golpismo. "O Copinh manifesta que continuamos e aprofundamos o compromisso de apostar na refundação da mátria, que reiteramos a disposição de resistir à dominação capitalista, patriarcal e racista, com ações, pensamento e criação”, declarou.
A entidade lembrou que há 88 dias as comunidades do Povo Lenca em Resistência estão em estado de alerta e em ação para defender seus rios e territórios contra a invasão do capital transnacional, que tem o apoio "descarado” de policiais, militares e juízes. A organização ressaltou que estão "decididos” a sustentar "essa resistência para que uma nova recolonização de nossos territórios não se concretize, o que levaria a sua destruição total”.
O Copinh também aproveitou o momento para comunicar que está formando uma comissão de observação e solidariedade pela causa das comunidades do setor de Rio Blanco, e chamou a população hondurenha a se mobilizar e se somar a este esforço para "impedir que continuem reprimindo, militarizando e controlando nossas vidas”.
"Estamos em Resistência e em Solidariedade com todas as lutas que hoje realiza nosso povo contra as políticas dos capitais transnacionais e do império, que se beneficiam das condições do golpe de Estado, para recuperar privilégios e poder, afundando o país em uma crise total e em um nível de violência jamais conhecidos”, pontuou, prometendo refundar o país com "nossos atos de cada dia”.
Para mais informações: http://copinh.org; Facebook: Copinh Intibucá

quinta-feira, 27 de junho de 2013

EQUADOR ANALISA PEDIDO DE ASILO DE JOVEM PERSEGUIDO PELO IMPÉRIO AMERICANO.

ESPIONAGEM
 Redação | São Paulo

Equador diz que analisará riscos de conceder asilo a Snowden

Chanceler equatoriano negou que país esteja confrontando os EUA e comparou caso ao do australiano Julian Assange

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, disse nesta quarta-feira (26/06) que o caso de Edward Snowden é semelhante ao de Julian Assange e que o país vai considerar “todos os riscos” de conceder asilo político a ele, inclusive o de prejudicar as relações comerciais com os Estados Unidos.


“Levamos dois meses para tomar uma decisão no caso de Assange, então não esperem uma decisão mais cedo desta vez”, declarou em uma visita à Malásia. Por meio do Twitter, Patiño acrescentou que parte de sua declaração sobre Snowden havia sido omitida por algum meio de comunicação.

“Em Kuala Lumpur, disse que a decisão de conceder asilo político pode se resolver em um dia, uma semana ou, como aconteceu com Assange, em dois meses”, escreveu. “Algum veículo omitiu a primeira parte da declaração e deixou só a segunda. Querem confundir, já os conhecemos”.

Também hoje, o governo do Equador, através da embaixada em Washington, negou que esteja provocando um confronto com os EUA. "Como se informou, o senhor Edward Snowden solicitou asilo político ao Equador. Esta situação atual não está sendo provocada pelo Equador", disse em comunicado o número dois da embaixada de Quito em Washington, Efrain Baus.
O diplomata acrescentou que o governo do Equador "analisará responsavelmente" a solicitação de Snowden, acusado de espionagem e roubo de propriedade governamental após revelar a existência de dois programas de vigilância secretos da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês).

Ontem (25), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, abriu as portas para que o ex-consultor da CIA se refugie em seu país. Ele descreveu o asilo político como uma “proteção humanitária” e disse que “o jovem Snowden (...) garante e merece proteção humanitária” porque suas revelações foram úteis para “fazer a humanidade melhor”.
Moscou

Snowden, como reconheceu ontem o presidente russo Vladimir Putin, se encontra na zona de trânsito de um aeroporto de Moscou e pode permanecer lá ainda por um tempo, já que o Equador não chegou a uma conclusão sobre lhe conceder asilo político e, com o passaporte norte-americano anulado, ele não tem documentos que comprovem sua identidade. Assim, ele não pode entrar na Rússia e nem comprar uma passagem para outro lugar.

O chanceler encarregado do Equador, Galo Garzala, disse ontem que o país não concedeu nenhum documento ao ex-técnico da CIA. "Ele (Snowden) não tem documento expedido pelo Equador (passaporte ou uma carteira de refugiado) como foi mencionado", indicou Galarza, segundo transmitiu a rede TC do Equador.

A fala do diplomata desmente a declaração de Assange, feita na segunda-feira em uma conferência com jornalistas, de que Snowden tinha recebido documentos de refugiado emitidos pelo Equador para que pudesse viajar de Hong Kong a Moscou. 


Críticas ao Washington Post

O presidente do Equador, Rafael Correa, rechaçou um editorial do jornal The Washington Post que critica a decisão do país de considerar um possível asilo a Edward Snowden. "O descaramento do século: Washington Post 'acusa' o Equador de duplo padrão. Será que eles se dão conta do poder da imprensa internacional?", escreveu em sua conta no Twitter. "Conseguiram centrar a atenção em Snowden e nos 'malvados' países que o 'apoiam', fazendo com que a gente se esqueça das terríveis coisas denunciadas contra o povo norte-americano e mundo inteiro. 'A ordem mundial não é injusta, é imoral'", disse.

No editorial publicado na segunda-feira, o jornal norte-americano afirma que a China “mostrou desrespeito pela administração de Obama” ao facilitar o voo de Snowden e que a Rússia poderia fazer o mesmo, mas que, em matéria de “ousadia antiamericana”, não há ninguém como Rafael Correa, “o líder autocrático do pequeno, empobrecido Equador”.

Post acrescenta que receber Snowden permitiria a Correa avançar em sua maior ambição: “substituir Hugo Chávez como principal demagogo antiamericano do hemisfério”. Segundo eles, “por anos, Correa foi conhecido por suas acusações a jornalistas de seu próprio país”, mas agora ele “se superou”, fazendo referência à Lei de Comunicação que entrou em vigor no Equador ontem e é chamada pela oposição de “mordaça”.

A União Nacional de Jornalistas e a ONG Fundamedios, assim como entidades internacionais como a Sociedade Interamericana de Imprensa, o Human Rights Watch e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas criticaram a lei, que cria a figura do chamado "linchamento midiático", que pode ser empregado para impedir a publicação reiterada de informações com o fim de desprestigiar ou reduzir a credibilidade pública de pessoas físicas e jurídicas.

O governo justifica a legislação por considerar que ela permitirá regulamentar os supostos "abusos" da imprensa. Para a oposição e algumas associações jornalísticas a lei é um tipo de "censura" que limitará a liberdade de expressão no país.

terça-feira, 25 de junho de 2013

PORTUGAL - NEOLIBERALISMO PÕE LUSITANOS NA SARJETA

População imigrante em Portugal cai 4,5% 


O número de imigrantes que vivem em Portugal voltou a diminuir em 2012 pelo terceiro ano consecutivo e caiu 4,5%, a segunda maior queda em três décadas, e a população de brasileiros foi a que mais deixou o país europeu.


A saída de membros da maior comunidade estrangeira em Portugal representa quase um terço dos imigrantes que deixou o país, segundo relatório anual divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Serviço Estrangeiro de Fronteiras (SEF).

A recessão e o forte aumento do desemprego registrado em Portugal nos últimos anos são dois dos fatores que explicam este movimento migratório de retorno, de acordo com o documento, que aponta também outras causas, como a melhora econômica do Brasil e Angola.

Em 2012, o número total de imigrantes residentes em Portugal foi de 417 mil, dos quais cerca de um quarto (105 mil) eram de origem brasileira.Os dados mostram que o número de brasileiros em Portugal diminuiu em 6 mil pessoas só no ano passado, o que representa uma queda de 5,2%.

Depois dos brasileiros, as comunidades estrangeiras mais numerosas em Portugal são da Ucrânia (11%), Cabo Verde (10%), Romênia (8%), Angola (5%), Guiné-Bissau (4%), China (4%), Reino Unido (4%), Moldávia (3%) e São Tomé e Príncipe (2%). Entre estas nacionalidades a única que cresceu em Portugal foi a Chinesa, que subiu 3,9 %.

Segundo o SEF, a diminuição do investimento e dos postos de trabalho por causa da crise e a alteração dos processos migratórios em países como Brasil e Angola – cujas economias se encontram em crescimento – explicam a contração da população imigrante em solo luso.

Com uma taxa de desemprego que chega quase a 18% – a mais alta de sua história – Portugal vive a pior situação econômica das últimas décadas, com a economia em recessão durante os três últimos anos (2011, 2012 e 2013).

Outra das razões que favoreceram a redução é a entrada em vigor de várias medidas legais para facilitar o acesso à nacionalidade portuguesa. Dos 27.391 certificados de nacionalidade concedidos em 2012, 6.382 corresponderam a brasileiros, seguidos de cabo-verdianos, ucranianos, angolanos e guineanos.

Fonte: Rede Brasil Atual 


PARAGUAY - POBRE PARAGUAY


Camponeses paraguaios denunciam violência e abusos policiais


Moradores do assentamento Tacuatí Poty, no departamento paraguaio de San Pedro, denunciaram a violência e abusos de policiais em suas atividades de investigação pela morte do pecaurista Luis Lindstron.


Moradores dol assentamento Tacuatí Poty receberam os representantes de Direitos Humanos/ Foto: C. A.

Os camponeses fizeram a denúncia perante representantes da Coordenadora de Direitos Humanos de Paraguai e da filial paraguaia do Serviço de Paz e Justiça, quem visitaram o lugar após os múltiplos protestos realizados pelos moradores.

Os camponeses que se referem às inúmeras invasões em suas casas humildes, às ameaças da polícia a crianças com suas armas para obrigá-los a falar de evidências plantadas para incriminá-los posteriormente.

Igualmente, denunciaram aos defensores de direitos humanos que estão tentando envolvê-los na morte de Lindstron, assassinado com 15 tiros perto de uma de suas propriedades na região por autores ainda não identificados.

Apesar de suas declarações, sublinharam, são acusados de pertencer ao grupo armado conhecido como Exército do Povo Paraguaio que opera, de acordo com a polícia, em San Pedro e outros departamentos próximos.

Os membros da Coordenadora de Direitos Humanos e de Paz e Justiça filmaram os depoimentos para definir, posteriormente, as ações a serem tomadas diante da delicada situação das famílias camponesas.

Tudo sucede, inclusive, após a diminuição da insistência em atribuir a morte de Lindstron ao mencionado grupo armado, pois técnicos opinaram que os cartuchos vazios recuperados no lugar do atentado eram de balas pertencentes à polícia.

Fonte: Prensa Latina


PARAGUAY - NEOSTRONISTA

Curuguaty: o pretexto para o impeachment de Lugo


Quase concomitantemente ao aniversário do golpe de Estado, os paraguaios lembraram o que aconteceu em Curuguaty em 15 de junho de 2012. Curuguaty é um distrito paraguaio localizado no departamento de Canindeyú, a 240 quilômetros de distância de Assunção, com 75 mil habitantes e uma extensão territorial essencialmente rural. 

Por Daniella Cambaúva e Murilo Machado, no Opera Mundi


Curuguaty

Naquela data, um tiroteio terminou com a morte de 11 camponeses e seis policiais, deixando pelo menos 20 feridos. No último sábado, um ato realizado naquele lugar homenageou as vítimas: foram plantadas 17 árvores.

Em um acordo relâmpago com os colorados, os liberais – que outrora haviam feito uma aliança com Lugo, aproveitando-se de sua popularidade para chegar governo e ocupar vários cargos – não tiveram grandes problemas em instituir um golpe de Estado pela via parlamentar, enquanto as atenções do continente estavam voltadas à Conferência Rio+20, realizada no Rio de Janeiro.

Lugo optou por acatar a decisão do Congresso para “que não se derramasse mais sangue por motivos mesquinhos em nosso país”. Do lado de fora do Parlamento, cerca de 20 mil pessoas protestavam contra o ato, mas a repressão foi tão rápida quanto eficiente. “Todos os edifícios em volta do Parlamento estavam com franco-atiradores, nós os víamos. Houve uma correlação desigual de forças”, lembra a jornalista María Paz Valenzuela. Da mesma forma, algumas vias de acesso do interior do país para Assunção foram bloqueadas pelo exército na tentativa de frear qualquer movimentação da população do campo, na qual estava a maior base de apoio do ex-mandatário.

Um ano depois do golpe, ainda sob a gestão de Franco, os paraguaios aguardam a posse do presidente eleito, Horacio Cartes, agendada para 15 de agosto. Com sua vitória nas urnas em 21 de abril com 46% dos votos, o Partido Colorado volta ao governo depois de uma pausa de cinco anos.

Parte daqueles que compunham o governo eleito se organizou, inicialmente sob a liderança de Lugo, na coalizão de partidos Frente Guasú (FG). À sua frente está agora seu secretário-geral, Aníbal Carrillo. Ele foi o nome que representou a FG nas urnas nas últimas eleições presidenciais, obtendo 3,32% dos votos. Para ele, fatos que aconteceram ao longo deste ano evidenciam as razões econômicas e políticas pelas quais o golpe aconteceu. “A aprovação das sementes transgênicas, o desmantelamento das políticas sociais, o endividamento do Estado como política econômica. Não creio que o objetivo de Cartes seja diferente: privatizações e endividamento do Estado”, avaliou em entrevista a Opera Mundi.

Da mesma forma, o paraguaio Hugo Ruiz Diaz, assessor de Relações Internacionais do governo Lugo, faz uma avaliação pessimista do próximo governo e acredita que serão muitos os desafios. “Nem o Partido Liberal, nem o Partido Colorado poderão solucionar os problemas sociais e fundamentais do Paraguai”.

Para Diaz, com Cartes “o sistema neostronista está de volta”. A comparação do futuro presidente com Alfredo Stroessner, ditador do Paraguai entre 1954 e 1989, se deve em parte ao fato de os dois políticos serem do mesmo partido. Mas também porque alguns assessores de Cartes foram ligados à ditadura, como Eladio Loizaga, José Antonio Moreno, Hugo Saguier e Leila Rachid.

Perseguição a movimentos sociais

Ainda segundo Diaz, um dos efeitos do golpe até o momento foi a perseguição a movimentos sociais e o crescimento do discurso da perseguição a “comunistas”. “Como nas décadas de 60 e 70”, afirmou.

Sobre esse aspecto, Victor Barone, do Partido Convergencia Popular Socialista, uma das legendas que compõem a Frente Guasú, faz uma avaliação semelhante. De acordo com ele, é possível falar em “um sentimento muito 'marcartista'', em um contexto no qual os movimentos de esquerda foram marginalizados do debate político. Os colorados estão em extrema euforia porque estão de volta ao poder”, disse.

Na avaliação de Barone, uma consequência imedianta é o aprofundamento de um modelo agroexportador que levará a uma intensificação dos conflitos com os camponeses.

Em 1º de julho, junto de Lugo, outros quatro membros da coalizão assumirão um posto no Senado. “É uma bancada pequena, de cinco nomes, com mobilização popular. E temos um governo totalmente inimigo”. Barone se diz “moderadamente otimista” por acreditar que as tentativas de impedir que o ex-presidente assuma o cargo não terão sucesso. “É difícil neste momento. O custo político seria muito alto. Seria difícil sustentar”.

Dos 45 senadores, 19 pertencem ao Colorado. A segunda força é o Partido Liberal, com 13 cadeiras. Na Câmara dos Deputados, o Partido Colorado terá 44 das 80 cadeiras, enquanto o Liberal terá 27. Outras seis legendas repartem os nove postos restantes.

Política externa

A política externa do Paraguai depois do golpe também se alterou de imediato. Em seu mandato, Lugo esteve cercado de governos progressistas – no Uruguai, no Brasil, na Argentina, na Venezuela, na Bolívia e no Equador. Em 22 de junho passado, a reação imediata dos países do Mercosul e da Unasul foi a de condernar o golpe e isolar país. Com a realização de novas eleições em abril, as relações se normalizaram.

A expectativa de Diaz em relação ao governo Cartes é que ele “assumirá uma política agressiva para deslegitimar a integração do Mercosul e da Unasul”. Não por razões comerciais, mas por marcar oposição ao governos progressistas. “Acredito que a grande lição que aprendemos é que nenhum processo na América do Sul conseguirá uma mudança progressista sem integração regional”, completou.

Já Aníbal Carrillo define a situação do Paraguai como contraditória: o novo governo precisará incorporar o Paraguai ao Mercosul por razões comerciais, apesar da afinidade política com outros países que não aqueles que compõem o bloco sul-americano. “É uma condição que não estão sabendo muito como resolver. Alguns setores paraguaios, por exemplo, querem tirar a Venezuela do Mercosul, e os outros países não vão aceitar”. 

Daniella Cambaúva e Murilo Machado são jornalistas

segunda-feira, 24 de junho de 2013

OBAMA - O COVARDE - QUER ABAFAR A VERDADE

Ex-consultor da CIA solicitou asilo ao Equador, diz chanceler

O equatoriano Ricardo Patiño afirmou no Twitter que Edward Snowden fez o pedido a Quito. Ele não deu mais informações.
 
 
O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, informou neste domingo (23/06) que o ex-consultor da CIA, Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos e cuja extradição havia sido solicitada a Hong Kong, pediu asilo político a seu país. "O governo do Equador recebeu a solicitação de asilo por parte de Edward Snowden", escreveuo chanceler em sua conta no Twitter. O ministro não deu mais declarações a respeito ou indicou se o país irá aceitar o asilo.
Reprodução/Twitter


O fundador do Wikileaks, Jualian Assange, também solicitou asilo ao Equador, mas não conseguiu ainda viajar para o país sul-americano. Ele permanece asilado na embaixada do país em Londres. Mais cedo, agências de notícias russas haviam dito que Snowden poderia viajar a Cuba ou Venezuela, após escala em Moscou. O grupo Wikileaks disse hoje que ajudou Snowden a sair de Hong Kong em segurança. Em 14 de junho, os EUA apresentaram três acusações de espionagem e roubo de propriedade governamental contra ele e exigiram de Hong Kong sua extradição imediata.

Em sua conta no Twitter, o Wikileaks informou que "ajudou no asilo político" do ex-técnico da CIA, "facilitando documentos de viagem e uma saída segura de Hong Kong rumo a um país democrático". Em um texto divulgado ontem pelo Wikileaks também no Twitter, Assange afirmou que a acusação apresentada pelos EUA contra Snowden "está destinada a intimidar a qualquer país que possa estar considerando defender seus direitos".
O governo de Hong Kong, que confirmou sua saída, declarou não ter "bases legais" para evitar a partida do ex-consultor de 30 anos, justificando que o governo dos Estados Unidos não entregou até a sexta-feira informações suficientes para justificar a sua detenção e eventual extradição. "Snowden deixou voluntariamente Hong Kong hoje em direção a um terceiro país de forma legal", indicou em um comunicado o porta-voz do governo, sem confirmar seu destino. O comunicado acrescenta que os Estados Unidos foram informados da partida.

Escândalo

Snowden vazou para a imprensa informações sobre programas do governo dos EUA e Reino Unido para monitorar telefonemas e acessos à internet. Ele chegou a mencionar a possibilidade de pedir asilo político à Islândia, onde operam organizações em defesa dos direitos civis em relação ao monitoramento de dados privados por parte dos governos.

Desde 5 de junho, quando foram publicados os primeiros artigos nos jornais The Guardian The Washington Post, Snowden revelou muitos detalhes sobre o monitoramento realizado pela NSA nos EUA e no exterior. No domingo, o Sunday Morning Post assegurou que a NSA interceptou "milhões" de mensagens de texto enviadas pela rede de telefonia móvel chinesa. 
A China reagiu fortemente a esta última informação. A agência Nova China chamou os Estados Unidos de o "maior vilão do nosso tempo" em termos de ciberataques. Estas acusações "mostram que os EUA, que tentaram por muito tempo apresentar-se como uma vítima inocente de ataques cibernéticos, têm-se revelado o grande vilão do nosso tempo" nesta área, de acordo com a agência oficial chinesa.

A NSA, segundo Snowden, também hackeou em 2009 os servidores da Pacnet, uma empresa com sede em Hong Kong, que administra a rede de fibra óptica mais extensa da região, bem como a prestigiada Universidade de Tsinghua, em Pequim, onde estão localizadas as seis principais redes através das quais se pode acessar informações na internet de milhões de chineses.

domingo, 23 de junho de 2013

OBAMA - O COVARDE - CHEFE DO TERROR

La Casa Blanca "se dedica a aumentar el terrorismo" en todo el mundo a través de sus "ataques terroristas" con 'drones' en el extranjero, según el destacado académico estadounidense Noam Chomsky.

Hablando con la cadena estadounidense Free Speech TV sobre la política exterior de la Casa Blanca, el filósofo, lingüista y activista estadounidense 
Noam Chomsky afirmó que "la Administración de Obama se dedica a incrementar el terrorismo y lo hace en todo el mundo". "Obama está ejecutando tal vez la mayor operación terrorista de la historia: los asesinatos con aviones no tripulados solo son una parte de ella […] Todas estas operaciones son de terror […] porque aterrorizan a los locales".

"Se están generando las operaciones más terroristas", dijo Chomsky. "La gente reacciona" cuando pierde a un ser querido en un ataque aéreo estadounidense, agregó. "Ellos no dicen: 'Bien, no me importa si mi primo fue asesinado'. Se convierten en lo que llamamos terroristas. Esto lo comprenden en el más alto nivel".

Recordó el reciente testimonio ante el Congreso de un hombre yemení llamado Farea al-Muslimi, que denunció que un solo ataque de 'drone' logró "radicalizar" a todo su pueblo contra Estados Unidos.

"La gente odia el país que la aterroriza", concluyó Chomsky. "Eso no es una sorpresa. Es la forma en la que las personas reaccionan a los actos de terror".

Texto completo en: 
http://actualidad.rt.com/actualidad/view/98075-chomsky-obama-operacion-terrorista

PARAGUAY ... POBRE PARAGUAY.

Um ano após golpe, Paraguai busca se reinserir no cenário internacional

Esquerda do país lamenta aprovação de sementes transgênicas, desmantelamento das políticas sociais e endividamento
 
 
O processo todo não levou mais do que 48 horas. Em pouco tempo, o primeiro governo não alinhado ao Partido Colorado a chegar ao poder no Paraguai em mais de sete décadas se dissolvia. Em um movimento orquestrado pelos setores mais conservadores do país, foram 39 votos pela condenação, ante apenas quatro contrários. Votado na manhã de sexta-feira, 22 de junho de 2012, o impeachmentdo então presidente Fernando Lugo – cuja equipe teve apenas duas horas para apresentar uma defesa não mais do que simbólica no Senado – culminou com o rápido empossamento do vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, naquela mesma noite.
Efe (21/06/2013)

Paraguaios protestam em Assunção contra a classe política atual do país. Há um ano, o presidente Fernando Lugo foi derrubado

Em um acordo relâmpago com os colorados, os liberais – que outrora haviam feito uma aliança com Lugo, aproveitando-se de sua popularidade para chegar governo e ocupar vários cargos – não tiveram grandes problemas em instituir um golpe de Estado pela via parlamentar, enquanto as atenções do continente estavam voltadas à Conferência Rio+20, realizada no Rio de Janeiro.

Lugo optou por acatar a decisão do Congresso para “que não se derramasse mais sangue por motivos mesquinhos em nosso país”. Do lado de fora do Parlamento, cerca de 20 mil pessoas protestavam contra o ato, mas a repressão foi tão rápida quanto eficiente. “Todos os edifícios em volta do Parlamento estavam com franco-atiradores, nós os víamos. Houve uma correlação desigual de forças”, lembra a jornalista María Paz Valenzuela. Da mesma forma, algumas vias de acesso do interior do país para Assunção foram bloqueadas pelo exército na tentativa de frear qualquer movimentação da população do campo, na qual estava a maior base de apoio do ex-mandatário.
Um ano depois do golpe, ainda sob a gestão de Franco, os paraguaios aguardam a posse do presidente eleito, Horacio Cartes, agendada para 15 de agosto. Com sua vitória nas urnas em 21 de abril com 46% dos votos, o Partido Colorado volta ao governo depois de uma pausa de cinco anos.

Parte daqueles que compunham o governo eleito se organizou, inicialmente sob a liderança de Lugo, na coalizão de partidos Frente Guasú (FG). À sua frente está agora seu secretário-geral, Aníbal Carrillo. Ele foi o nome que representou a FG nas urnas nas últimas eleições presidenciais, obtendo 3,32% dos votos. Para ele, fatos que aconteceram ao longo deste ano evidenciam as razões econômicas e políticas pelas quais o golpe aconteceu. “A aprovação das sementes transgênicas, o desmantelamento das políticas sociais, o endividamento do Estado como política econômica. Não creio que o objetivo de Cartes seja diferente: privatizações e endividamento do Estado”, avaliou em entrevista a Opera Mundi.

Frente Guasú/Divulgação

Carrillo: novo governo precisa incorporar Paraguai ao Mercosul por razões comerciais, apesar da afinidade política com outros países

Da mesma forma, o paraguaio Hugo Ruiz Diaz, assessor de Relações Internacionais do governo Lugo, faz uma avaliação pessimista do próximo governo e acredita que serão muitos os desafios. “Nem o Partido Liberal, nem o Partido Colorado poderão solucionar os problemas sociais e fundamentais do Paraguai”.

Para Diaz, com Cartes “o sistema neostronista está de volta”. A comparação do futuro presidente com Alfredo Stroessner, ditador do Paraguai entre 1954 e 1989, se deve em parte ao fato de os dois políticos serem do mesmo partido. Mas também porque alguns assessores de Cartes foram ligados à ditadura, como Eladio Loizaga, José Antonio Moreno, Hugo Saguier e Leila Rachid.
Perseguição a movimentos sociais

Ainda segundo Diaz, um dos efeitos do golpe até o momento foi a perseguição a movimentos sociais e o crescimento do discurso da perseguição a “comunistas”. “Como nas décadas de 60 e 70”, afirmou.

Sobre esse aspecto, Victor Barone, do Partido Convergencia Popular Socialista, uma das legendas que compõem a Frente Guasú, faz uma avaliação semelhante. De acordo com ele, é possível falar em “um sentimento muito 'marcartista'', em um contexto no qual os movimentos de esquerda foram marginalizados do debate político. Os colorados estão em extrema euforia porque estão de volta ao poder”, disse.
Conamuri Paraguay

Camponeses paraguaios homenageiam vítimas de Curuguaty um ano após morte de 11 sem-terra e seis policiais

Na avaliação de Barone, uma consequência imedianta é o aprofundamento de um modelo agroexportador que levará a uma intensificação dos conflitos com os camponeses.

Em 1º de julho, junto de Lugo, outros quatro membros da coalizão assumirão um posto no Senado. “É uma bancada pequena, de cinco nomes, com mobilização popular. E temos um governo totalmente inimigo”. Barone se diz “moderadamente otimista” por acreditar que as tentativas de impedir que o ex-presidente assuma o cargo não terão sucesso. “É difícil neste momento. O custo político seria muito alto. Seria difícil sustentar”.

Dos 45 senadores, 19 pertencem ao Colorado. A segunda força é o Partido Liberal, com 13 cadeiras. Na Câmara dos Deputados, o Partido Colorado terá 44 das 80 cadeiras, enquanto o Liberal terá 27. Outras seis legendas repartem os nove postos restantes.
Política externa

A política externa do Paraguai depois do golpe também se alterou de imediato. Em seu mandato, Lugo esteve cercado de governos progressistas – no Uruguai, no Brasil, na Argentina, na Venezuela, na Bolívia e no Equador. Em 22 de junho passado, a reação imediata dos países do Mercosul e da Unasul foi a de condernar o golpe e isolar país. Com a realização de novas eleições em abril, as relações se normalizaram.

A expectativa de Diaz em relação ao governo Cartes é que ele “assumirá uma política agressiva para deslegitimar a integração do Mercosul e da Unasul”. Não por razões comerciais, mas por marcar oposição ao governos progressistas. “Acredito que a grande lição que aprendemos é que nenhum processo na América do Sul conseguirá uma mudança progressista sem integração regional”, completou.

Já Aníbal Carrillo define a situação do Paraguai como contraditória: o novo governo precisará incorporar o Paraguai ao Mercosul por razões comerciais, apesar da afinidade política com outros países que não aqueles que compõem o bloco sul-americano. “É uma condição que não estão sabendo muito como resolver. Alguns setores paraguaios, por exemplo, querem tirar a Venezuela do Mercosul, e os outros países não vão aceitar”. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

OBAMA, O COVARDE, DEVE FECHAR GUANTÂNAMO

Obama deve nomear coordenador para fechar Guantânamo


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve nomear o advogado Cliff Sloan, ex-assessor do ex-mandatário Bill Clinton, para coordenar o fechamento da polêmica prisão de Guantânamo.


O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse conhecer e respeitar Sloan há cerca de dez anos, publicou o site local "Politico".

"Seu intelecto e talento como negociador é respeitado em todas as linhas partidárias, e ele prestou serviços a presidentes republicanos e democratas com o mesmo talento. Eu respeito sua vontade de assumir esse desafio", acrescentou.

“Cliff e eu compartilhamos a posição do Presidente de que a continuidade da operação de Guantânamo não é do nosso interesse”.

A prisão de Guantânamo foi estabelecida pela administração Bush para prender suspeitos de integrarem a al-Qaeda e outras organizações terroristas.

Mais de 100 dos 166 presos no campo aderiram a uma greve de fome para protestar contra o fracasso em resolver o seu destino após mais de dez anos de detenção.

“Nossa fidelidade ao estado de direito da mesma forma nos obriga a acabar com a longa e incerta detenção dos presos em Guantânamo”, afirmou Kerry.

Com informações da Ansa e Aljazeera

ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL - O RESPONSÁVEL !

Situação dos refugiados palestinos é responsabilidade de Israel


No Dia Internacional dos Refugiados, nesta quarta-feira (19), a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) pediu à comunidade internacional que responsabilize Israel pelo problema que criou, em 1948, com milhares de refugiados palestinos, expulsos das suas terras e vilas para outras localidades e países. Pouco mais de 42% dos palestinos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Leste são refugiados.


Membro do Comitê Executivo da OLP, a advogada Hanan Ashrawi disse que todos os membros da comunidade internacional devem responsabilizar Israel pelo papel “na perda do nosso povo [...], uma expulsão violenta e massiva e pela criação e manutenção da trágica situação dos refugiados”.

Ela disse que, como estipulado no direito internacional humanitário, o povo palestino, sob ocupação ou no exílio, têm direito a nada menos do que à sua independência, dignidade e autodeterminação, e uma solução justa ao seu pleito trágico.

“Há 65 anos, o povo palestino sofreu uma grave injustiça histórica com a criação do Estado de Israel na sua terra, e o desalojamento forçado e expulsão de 750.000 palestinos autóctones; isso é conhecido como a ‘Nakba’, a catástrofe”, ela disse. 

“O processo de vitimização, exclusão e opressão continua até hoje; Israel persiste na violação de direitos humanos e do direito internacional, agindo com impunidade e beneficiando de imunidade total. A ocupação militar da Cisjordânia e Gaza que começou em 1967 é mais uma forma de opressão manifestando-se no cativeiro cruel do povo, da sua terra e dos seus recursos”, disse Hanan.

Ela reivindicou que Israel “admita a sua culpabilidade, e assim a sua responsabilidade pela retificação de tal injustiça nos níveis humano, moral, político e legal”, e disse que “o caso palestino não é uma questão de narrativa disputada, direitos ou território; continua sendo uma questão de justiça inquestionável e de humanidade”, completou.

Números


Pouco mais de 42% da população palestina na Cisjordânia, em Jerusalém Leste e na Faixa de Gaza são refugiados, e 41% deles têm menos de 15 anos de idade, de acordo com o Birô Central Palestino de Estatísticas (PCBS), em informações publicadas nesta quinta (20).

O PCBS informou que, segundo dados da Agência da ONU para Assistência e Trabalhos para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), há 5,3 milhões de refugiados registrados, dos quais 40% estão na Jordânia, 24% na Faixa de Gaza, 17% na Cisjordânia, 10% na Síria e 9% no Líbano, entre os refugiados sob o auspício da agência. Além deles, também há palestinos em outros países da região, como no Iraque e na Arábia Saudita, por exemplo. 

Dados de 2012 mostraram que a porcentagem de refugiados na Palestina era de 42,1% do total da população, com aproximadamente 27% do total da população da Cisjordânia e 67% da população da Faixa de Gaza. Além disso, 31% dos palestinos refugiados na Cisjordânia e na Faixa de Gaza vivem abaixo da linha da pobreza.

Isso é reforçado pelo fato de que se trata de uma população jovem, da qual 41% tem menos de 15 anos, enquanto 28% dos maiores de 15 anos estão desempregados, em comparação com uma taxa de 20% entre os não refugiados.

Como em ciências políticas o conceito de “refugiado” refere-se àquele que atravessou as fronteiras do seu país em busca de refúgio contra a perseguição, por quaisquer motivos, muitos palestinos são denominados “deslocados internos”, em algumas situações, mas como ainda não têm um país oficialmente reconhecido, com fronteiras definidas, o conceito fica inválido.

Com informações da Wafa,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho

PORCOS INGLESES CHAFURDANDO ONDE NÃO DEVEM

Cameron incita Exército Árabe Sírio a dar um golpe de Estado


O premiê britânico, David Cameron, incitou o Exército Árabe Sírio, assim como as forças de segurança do país a dar um golpe de Estado contra o Governo de Bashar al-Assad, em uma óbvia ingerência nos assuntos internos do país árabe.


O dirigente do Reino Unido assegurou que tanto o exército como as forças de segurança do país árabe, "garantirão seu futuro com a derrota de Al-Assad".

Ainda assim, na cúpula do G8, Cameron tentou fazer com que se fosse assinado um plano de cinco pontos sobre a Síria, no qual se insistia, entre outros, a criação de um governo de transição no país árabe.

A sugestão foi repudiada pela Rússia, que classificou de sem fundamentos as acusações contra o governo sírio, considerando-as uma desculpa para justificar a intervenção estrangeira naquele país, segundo o chanceler russo Serguei Lávrov.

Alguns políticos dizem que Cameron, com esta chamada por um golpe de Estado, está tentando mandar uma mensagem indireta aos comandantes do Exército e das forças de segurança, indicando que não perderiam sua posição no caso da derrubada de Bashar al-Assad.

Os líderes do ocidente acreditam que se as autoridades militares da Síria consideram que seu futuro está garantido, se rebelarão contra o governo constitucional do país.

Há mais de dois anos a Síria é cenário de distúrbios realizados por terroristas, financiados, dirigidos e armados a partir de países ocidentais e regionais, como Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar e Turquia, para derrubar o governo de Damasco.

Fonte: HispanTV

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O MAR BOLIVIANO

Corte de Haia estabelece prazo para demanda marítima da Bolívia 


Nesta quarta-feira (19), o chanceler chileno, Alfredo Moreno, mostrou-se satisfeito com os prazos oferecidos pela Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ) para o litígio pela demanda marítima da Bolívia.


A CIJ informou que o governo da Bolívia deverá entregar a proposta de sua demanda em 17 de abril de 2014 e o Chile deverá apresentar sua contraproposta em 18 de fevereiro de 2015. 

Leia também:
Corte de Haia aceita demanda marítima da Bolívia 

O ministro de Relações Exteriores enfatizou que o prazo de 10 meses para ambas nações são satisfatórias “porque o Chile queria que fosse mais rápido do que o habitual que geralmente é um ano, mas esse tempo nos parece suficiente para realizar o trabalho”. 

Os termos foram estabelecidos após uma reunião no dia 12 de junho do presidente da Corte Internacional de Justiça de Haia, Peter Tomka, com representantes de ambos países. 
A Bolívia perdeu seu acesso soberano ao oceano na Guerra do Pacífico (1879-1883) travada contra o Chile, cujo resultado ficou refletido no Tratado de 1904, que outorgou a soberania chilena sob uma área de 400 quilômetros da costa boliviana. 

Desde 2008, o Chile também afronta na CIJ um litígio sobre o limite marítimo com o Peru, cujo veredito espera-se conhecer nas próximas semanas. Neste caso, a Corte estabeleceu períodos de um ano para a apresentação dos primeiros documentos, frente aos 10 meses estabelecidos no julgamento com a Bolívia. 

Depois da proposta e contraproposta, se não houver objeções, a Bolívia e o Chile deverão apresentar uma réplica e uma e tréplica, respectivamente, para terminar a fase oral do processo e após esta etapa ocorrerão as denúncias. 

Fonte: Prensa Latina