terça-feira, 19 de agosto de 2014

EUA NÃO DESISTE DO GOLPE !


Organizações latino-americanas repudiam plano para desestabilizar política de Cuba


Adital
A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) afirmou repudiar o novo plano dos Estados Unidos contra Cuba, que se utilizaria de jovens latino-americanos para semear desestabilização política no país socialista. Em comunicado publicado, a entidade reclama o fim das ações subversivas, ilegais e encobertas por parte do governo estadunidense, que violam a soberania e o direito do povo cubano à autodeterminação.
No início deste mês, o Governo de Cuba descobriu e desbaratou uma operação secreta da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, United States Agency for International Development), que recrutava jovens procedentes da Venezuela, Costa Rica e Peru desde 2009. A pretensão era estimular potenciais agentes desestabilizadores da política nacional e coletores de informação valiosa para o Governo do EUA, fomentar oposição e propiciar um colapso do governo cubano.
"Os países membros da ALBA-TCP expressam sua mais profunda solidariedade com a República de Cuba e exigem ao Governo dos Estados Unidos que respeite a vontade expressa do povo cubano de continuar aperfeiçoando seu modelo econômico e social e consolidando sua democracia, sem ingerências externas”, declara a Associação.
A organização se diz indignada diante das revelações apresentadas pela agência de notícias estadunidense Associated Press(AP), dizendo considerar o projeto "imoral”. "Cuja autoria e execução o Governo dos Estados Unidos reconheceu de maneira cínica, ratifica o caráter hostil e intervencionista da política norte-americana direcionada a Cuba”, afirmou.
Denúncia de infiltrados
Já a Associação Amizade Honduras Cuba (AHC), que organiza o VIII Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba "Comandante Fidel Castro Ruz” — que será realizado nos dias 05 e 06 de setembro deste ano, na cidade hondurenha Choluteca, a 133 quilômetros da capital Tegucigalpa —, chama à solidariedade militante para que se façam denúncias. A entidade defende que todo hondurenho ou estrangeiro que seja contratado por agências de "cooperação e desenvolvimento” dos EUA em território de Honduras seja delatado às autoridades.
"A revolução cubana é um exemplo de dignidade e vanguarda para nossos povos e suas conquistas e solidariedade internacionalista chegam à mais remota de nossas comunidades rurais”, argumenta a entidade em comunicado. "Condenamos essa política intervencionista e conspirativa dos EUA, em vez de reconhecer sua equivocada política beligerante e mercenária contra um povo heroico e retirar o bloqueio genocida mais longo conhecido pela história humana contra nenhum outro povo”, complementa severamente.
A organização compreende que o governo estadunidense pretende ver Cuba e seu povo tal como hoje se encontra Honduras: com alto índice de criminalidade e consumo de narcóticos, violência, despojo de recursos naturais e do patrimônio nacional, militarização da sociedade e do Estado, corrupção pública e privada, além da impunidade no país.
"E o mais grave: uma classe política e empresarial carente de sentimentos pátrios, sustentada nos valores de usura, saque, despojo e desprezo pelo ser humano e pela natureza”, indica a Associação. "Os valores da solidariedade e da amizade são dos nossos povos e isso não se vende nem se aluga”, finaliza a organização.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

VIVA LAS FARC-EP !


Máximo líder de FARC-EP: Colombia no será la misma tras un acuerdo de paz

Timoleón Jiménez, comandante del Estado Mayor Central de las FARC-EP
Timoleón Jiménez, comandante del Estado Mayor Central de las FARC-EP
El máximo líder de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP), Timoleón Jiménez, expresó su convicción de que Colombia no seguirá siendo la misma tras la firma de un acuerdo de paz.
“Estamos convencidos de salir adelante, afirmó en un artículo fechado el 8 de agosto en las montañas de Colombia.
En eso nos diferenciamos de nuestros adversarios, ellos solo aspiran a sacarnos del medio para no cambiar nada, para que todo siga igual, señaló.
“Nosotros no llegamos a una mesa de diálogos porque estuviéramos vencidos o desencantados”, subraya el texto.
Lo hicimos, especifica, porque siempre hemos creído en las vías civilizadas y en que es posible alcanzar, con el apoyo de las grandes mayorías colombianas, unos acuerdos dignos que se funden, por una razón elemental, en la proscripción bilateral de la violencia”.
El líder guerrillero rechazó la postura de la llamada gran prensa aliada con los consorcios del capital según la cual, “las guerrillas son las responsables de haber iniciado la larga confrontación, y las verdaderas y únicas responsables de todos los horrores sucedidos en el curso de ella”.
Rechazamos de plano, “por ser contraria a la realidad histórica, la idea de que la clase dominante colombiana, sus partidos políticos tradicionales o sus mixturas de hoy, sus gobiernos, el Estado como tal, los grupos económicos, tienen las manos limpias de sangre del pueblo colombiano”, agrega.
Los verdaderos autores y responsables por los horrores de este largo conflicto son ellos, reiteró.
“Si decidieron ensayar la vía de los diálogos -adujo- fue con el propósito de obtener en la mesa de conversaciones la victoria que les ha sido negada durante medio siglo en los campos de batalla”
El máximo jefe de las FARC-EP recalcó la disposición de esa fuerza guerrillera de explicar cuanto sea necesario y asumir las correspondientes consecuencias.
(Con información de Prensa Latina)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

VENEZUELA AVANÇA


Petrolífera venezuelana avança em desenvolvimento de projeto de gás


A estatal de Petróleos da Venezuela (Pdvsa) destacou, nesta sexta-feira (8), a exitosa avaliação do Poço DR-9, no Campo Dragón, como parte do desenvolvimento do projeto de gás Mariscal Sucre (estado de Sucre) nas zonas litorâneas do país. 


Revista Oro Negro
A meta da Pdvsa é produzir 1,200 milhões de pés cúbicos de gás diários e até 28 mil barris de condensadosA meta da Pdvsa é produzir 1,200 milhões de pés cúbicos de gás diários e até 28 mil barris de condensados
Segundo a imprensa local, o êxito foi possível graças ao uso de tecnologias de última geração e ao trabalho de profissionais venezuelanos especializados.

Os estudos incluíram uma prova de registro de produção, seguida de uma isócrona modificada e fluxo normal, a qual foi apresentada ao Ministério do Petróleo e Mineração.

O processo lançou resultados de acordo com os potenciais estimados, com a meta de alcançar os primeiros 300 milhões de pés cúbicos diários de gás na primeira fase.

Este é o terceiro poço avaliado associado ao Esquema de Produção Acelerada, se comparado aos já provados DR-5ª e DR-1, tem um potencial de 150 milhões de pés cúbicos de gás diários.

O Projeto Mariscal Sucre contempla o desenvolvimento de quatro campos situados ao norte da península de Paria, denominados Dragón, Patao, Mejillones e Rio Caribe.

O projeto Mariscal Sucre apresenta um desafio para a indústria petrolífera venezuelana, que depois de 100 anos de história está conquistando os espaços submarinos com profundidades superiores a 130 metros e correntes aquáticas, graças ao uso de tecnologias especializadas para construir e instalar infraestruturas ao longo da costa.

O projeto prevê ainda a construção de um tubo energético por mais de 100 quilômetros submarinos, de Sucre até Güiria. Este gasoduto contará com um diâmetro de 36 polegadas e uma extensão de 101,8 quilómetros, dos quais 98,7 são submarinos e 3,1 pertencem a uma área continental.


Fonte: Prensa Latina

ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL


Para deter o massacre palestino, é preciso responsabilizar Israel


Israel defende-se com manipulações midiáticas, rechaça críticas ao massacre palestino, promove falsas elucubrações filosóficas e acadêmicas sobre a “guerra justa” e investe na distorção do direito internacional humanitário. Em 2009, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas confirmou os crimes de guerra perpetrados na ofensiva Chumbo Fundido, mas arriscamos ver o destino do seu relatório repetir-se na investigação do atual massacre: impunidade.

Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho


AP Photo
Soldados israelenses participam da operação militar na Cisjordânia, fazendo batida em Hebron, em junho.Soldados israelenses participam da operação militar na Cisjordânia, fazendo batida em Hebron, em junho.
O repúdio global à ocupação da Palestina por Israel e às ofensivas de que é acompanhada esta política é exponencial. Movimentos sociais de todo o mundo levantaram-se nas últimas semanas para protestos fortalecidos devido ao assombro com a chacina na Faixa de Gaza, onde cerca de 80% das vítimas entre as quase 1.500 pessoas mortas até hoje eram civis, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Em Israel, também, as vozes contrárias à política genocida do seu governo proliferam-se.

Entre as campanhas propostas ressalto um apelo fundamental, além da essencial libertação da Palestina: o fim da impunidade. Desde que foi criado, em 1948, o Estado de Israel continuou se expandindo à custa da repetição, ao longo das quase sete décadas seguintes, do massacre, do despojo, da segregação, da expulsão e do encarceramento massivo dos palestinos, que se recusam a deixar o espírito “quebrar”, como se diz no linguajar “estratégico” das grandes potências que enfrentam uma resistência obstinada. Não é à toa que trabalhadores de todo o mundo identificam-se com a causa palestina.

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Neste sentido, é preciso resgatar do esquecimento o relatório publicado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em setembro de 2009, com as conclusões da Missão de Averiguação dos Fatos enviada a Gaza e às cercanias para investigar as denúncias de crimes de guerra cometidos durante a “operação Chumbo Fundido”, que durou 22 dias, entre o final de dezembro de 2008 e meados de janeiro de 2009, matando cerca de 1.400 pessoas e causando devastação.

Foto: UNRWA  
O documento que se convencionou denominar “Relatório Goldstone” – devido ao nome do juiz encarregado da missão, o sul-africano e judeu Richard Goldstone – comprova em mais de 500 páginas de pareceres, testemunhos de palestinos e israelenses e descrições da região, que crimes de guerra e “possíveis crimes contra a humanidade” foram cometidos pelo Exército de Israel, apontando também para violações que teriam sido cometidas pelas forças da resistência palestina, sobretudo as Brigadas Ezedeen Al-Qassam, ligadas ao Hamas, partido à frente do governo em Gaza.

Um à parte relevante pode ser dedicado à contradição inerente ao estatuto das brigadas e do próprio Hamas: enquanto as autoridades israelenses os classificam de “terroristas” ou “combatentes ilegais” para justificar o total rechaço aos princípios direito internacional humanitário quando os combatem – ou assassinam – também ignoram a sua própria linha de raciocínio ao usar exatamente o direito internacional para acusar a resistência palestina de também ter cometido “crimes de guerra”.

 Apesar destas zonas cinzentas, o relatório deve sair da gaveta para análise, sobretudo porque praticamente todos os pontos que analisa a fundo são repetições notadas na atual ofensiva contra Gaza, “Margem Protetora”, à exceção, principalmente, do uso de fósforo branco e tungstênio, armas químicas proibidas, contra áreas habitadas do território palestino sitiado. As vítimas, durante a ofensiva de 2008-2009, apresentavam queimaduras tão graves que chegavam a perder os membros atingidos.

  Foto: AP
A propósito, a resposta israelense às acusações de uso dessas armas ilegais foi a de que isso só ocorreu em “zonas abertas” e não habitadas, para efeitos de iluminação noturna. Na atual ofensiva, porém, o Exército de Israel parece ter descoberto a existência de sinalizadores, já que muitas das imagens divulgadas por esses dias têm o efeito sombrio da escuridão assim iluminada. A escuridão, por sua vez, resulta dos ataques às redes elétricas e a um racionamento já em vigor há meses, devido ao bloqueio a Gaza.

Impunidade

Das repetições, valem destaque as conclusões sobre a destruição massiva e disseminada de milhares de residências, muitas vezes vitimando famílias inteiras. Além disso, estruturas da Agência das Nações Unidas para Assistência e Refugiados (UNRWA), que atende a mais de um milhão de pessoas entre os 1,8 milhão de residentes em Gaza, também foram atingidas, o que constitui outro crime de guerra, uma vez que se trata de pessoal e serviços humanitários.

Nesta semana, o bombardeio de uma escola que abrigava 3.300 palestinos – após a 17ª vez em que a UNRWA advertiu o Exército sobre a sua localização – matou 16 pessoas, entre crianças e funcionários da escola, o que levou o comissário da agência a fazer um apelo emocionado pela responsabilização e pelo fim da “carnificina” que é motivo de “vergonha universal”.


  Foto: Reuters 
Hospitais abarrotadosforçosamente evacuados, mesquitas, igrejas, poços de água, redes de esgoto e plantas de energia elétrica são também estruturas que não se enquadram no que o direito internacional humanitário – através de diversas convenções e protocolos sobre a proteção dos civis durante conflitos armados – classifica de “alvos militares legítimos”. Entretanto, são grande parte dos locais destruídos, embora o Exército de Israel afirme oficialmente que seu objetivo é a destruição da “infraestrutura do terror”, especialmente os túneis subterrâneos que afirma serem usados para transportar armas e invadir o território israelense.
  
Outros pontos ressaltados pelo Relatório Goldstone, e que se repetem na atual ofensiva, são os ataques deliberados contra a população civil, o que inclui o extermínio de famílias inteiras em massacres quase diários. Além dos bombardeios aéreos, o documento analisou as instruções dadas pelo Exército aos seus combatentes e citou testemunhos coletados pela organização de soldados Quebrando o Silêncio (Breaking the Silence) sobre a insuficiência das informações recebidas.

Ainda em 2012, em conversa com a jornalista do diário israelenseHaaretz, Amira Hass, que cobriu aquela e a atual ofensiva, ouvi que os soldados não sabiam o que faziam e não eram informados dos procedimentos ou dos objetivos da “operação militar”. Eles “davam declarações que faziam pouco sentido e informações incorretas” quando eram entrevistados, disse ela. Mesmo assim, eram, como hoje, os protagonistas das propagadas nacionalistas de guerra e do “esforço heroico” oferecido à “população inocente de Israel”.

Manipular o direito internacional para conduzir a ofensiva

Entre os principais argumentos elaborados pela Advocacia Geral Militar – órgão institucionalizado em 1950 para a assessoria jurídica na condução da guerra – do Exército israelense contra as críticas internacionais e as acusações de crimes de guerra está a de que o Hamas usa os civis, as maiores vítimas das ofensivas, como “escudos humanos”, já que “os terroristas” – a resistência composta basicamente de voluntários que veem suas famílias e vizinhos morrerem diariamente – “disparam foguetes contra Israel desde áreas habitadas” ou armazenam ali seus armamentos.

O Relatório Goldstone concluiu que não havia evidências para corroborar a alegação israelense, que pretendia desresponsabilizar Israel pelas mortes massivas de civis; o Hamas também negou a acusação, tanto em 2008 quanto neste mês. Ainda assim, lembrou Amira Hass: a Faixa de Gaza, um território de 360 quilômetros quadrados sitiado há oito anos, é um dos locais mais densamente povoados do mundo. 

Foto: Reuters  
Outra forma de se eximir é apropaganda do Exército israelense– o “Exército moral”, como o classificam seus defensores – sobre os panfletos despejados desde aviões ou mensagens por rádio ou celular e chamadas telefônicas em que avisam aos civis que suas casas serão bombardeadas. Algumas afirmam: “Deixe esta área imediatamente, pois ela será atingida em quatro minutos” e frases afins. Um panfleto lançado em 2008 concluía: “Você foi avisado!”, e é assim que as autoridades israelenses alegam cumprir a sugestão da quarta Convenção de Genebra Relativa à Proteção de Pessoas Civis em Tempos de Guerra, de 1949, para que “todos os meios possíveis” sejam adotados para evitar as mortes de civis.

As respostas ao Relatório Goldstone foram as mais variadas, mas a virulência da reação do governo israelense e de comunidades sionistas em várias partes do globo foi intimidante e, embora especialistas tenham analisado as respostas concluindo que não havia argumentos suficientes para refutar o documento, Goldstone, que foi rechaçado pela comunidade judaica do seu país, voltou atrás e se disse “arrependido”, declaração amplamente reproduzida pelos jornais israelenses e sionistas pelo mundo, temerosos que são pela imagem de autoridades israelenses no banco dos réus do Tribunal Penal Internacional, em Haia, para onde também devem ser encaminhados pelas violações cometidas na ocupação geral da Palestina.

Conselho de Direitos Humanos voltou a decidir por uma investigação das novas denúncias de crimes de guerra com apenas um voto contrário entre os 47 membros: o dos Estados Unidos, patrocinador oficial da violência e da impunidade israelense, que garante há décadas o veto a qualquer resolução consequente do Conselho de Segurança. O Brasil, membro do Conselho de Direitos Humanos que já havia declarado sua posição, condenou na sessão de 25 de julho as decisões de Israel, “a potência ocupante”, de agir “à custa da população civil, com o uso desproporcional da força”, embora também condenasse os foguetes lançados pelas brigadas da resistência palestina, rechaçando ainda o bloqueio contra Gaza e a expansão da ocupação israelense ilegal sobre os territórios palestinos. Em 25 de julho de 2014, a história ofereceu outra oportunidade e é preciso defendê-la.