sexta-feira, 31 de maio de 2013

GOLPISTA DE PLANTÃO SAQUEIA OS COFRES PÚBLICOS

Paraguai: Cartes acusa Franco de esvaziar cofres públicos


O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, acusou o governo de Federico Franco — que assumiu o poder após o golpe de Estado que destituiu o presidente constitucionalmente eleito Fernando Lugo — de esvaziar os cofres do país. Para Cartes, os gastos do Executivo são excessivos. O “mandato” de Franco termina em agosto, quando Cartes o substituirá, no dia 15.


E A
Cartes Franco
Cartes critica gastos públicos do governo Franco
A transição da presidência se complicou após Cartes ter denunciado a grave situação orçamental e fiscal. “No começo estava preocupado e hoje estou desesperado. Não apenas porque o caixa está vazio, mas pelo ódio com que olham para os cofres do governo, com o desprezo com que maneja o alheio. A sanha com que levam o que não é deles é impressionante”, manifestou Cartes.

Inicialmente ambas as partes prometeram uma transição ordenada, com equipes técnicas e garantia de um diálogo permanente. Mas Franco se negou a manter o diálogo e informar sobre o estado das negociações. Cartes também questionou a intenção do governo de licitar 3.895 obras e projetos, das quais já licitou 1.604.

Por outro lado, busca avançar apressadamente no resto, o que comprometeria o orçamento com contratos plurianuais e em obras sem peso algum em infraestrutura, saúde, educação ou moradia, advertiu Cartes. O futuro mandatário reclama que sua equipe, que deveria receber corretamente todas as informações sobre todas as licitações para decidir sobre a continuidade ou não das mesmas, não as recebeu. E pediu ao Ministério da Fazenda a suspensão de todas as obras para que possa ser avaliada a existência de fundos para a conclusão das mesmas.

Corrupção 
O ministro da saúde, Antonio Arbo, revelou que, em mais de uma ocasião empresas provedoras de medicamentos tentaram suborna-lo em processos de licitação e admitiu que o atraso nos pagamentos do Estado a seus fornecedores facilita a corrupção no país. “Este é o costume do Estado no Paraguai, que tem sempre favorecido a corrupção. O Estado atrasa os pagamentos e facilita a corrupção. Aos fornecedores é conveniente e tam´bem ao Estado”, declarou.

Com informações do Página/12

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A CRISE PODE SER ETERNA

Conferencia - Ignacio Ramonet - Conselho Científico da ATTAC Espanha
Alemanha é o Caminho continua a definir ou a enfrentar Crise Econômica este poderoso conversor é permanente em. Enquanto a passe cabelo SAÍDA dá Competitividade via aumento de salários e DIREITOS Redução ou esperar apos a Crise economica e um 'inferno social ", e este Ameaça ser eterno.
Essa FOI Lançada perturbador cabelo advertencia Jornalista e ativista social, Ignacio Ramonet, que protagonizou a Terceira Sessão fazer série "Luz da Terra", organizado cascas Caja Canarias. O Diretor do Le Monde Diplomatique Seu expressou medo de que toda a Europa se transforma los inferno hum forma social que dá MESMA, EM SUA Opinião, ha Alemanha E dez anos: hum hum los país Onde Trabalhadores três acusações a menos de 5 euros / hora, Onde ha NEM Sequer salário mínimo e não quali OS DIREITOS debilitam Sociais é cada vez mais Mais.
A crise econômica que tomou conta do continente, em 2008, tornou-se chanceler alemã, Angela Merkel, o "líder" da União Europeia, e sem o contrapeso representado anteriormente França. "Graças à crise, a UE domina e determina a políticas para ser aplicado ", disse Jorge Ramonet perguntas Espinel, vice-diretor de O DIA e moderador do evento.
Assim como multiplicou o poder ea influência de Merkel, a crise ofereceu uma oportunidade de ouro para o mercado, você encontrou "o argumento de que ele precisava para aproveitar o pouco controle ainda."
A crise, portanto, apenas um último episódio, talvez principalmente, o que o mundo tem visto nos últimos 30 ou 40 anos, "luta de mercado contra o Estado." Se a maior parte do século XX testemunhou a ascensão de totalitários estados-fascistas e stalinistas, que controlavam todas as esferas da vida e "penetrou nas mentes das pessoas", já que o final dos anos 70 a situação foi revertida.
Então, "a idéia tomou conta de que o Estado tinha atingido o seu máximo, mesmo em sistemas democráticos, e começou a transferir para o setor privado", disse Ramonet. 'S primeiras privatizações ocorreram naquela época, com Reagan e Thatcher comandante EUA e no Reino Unido, eo mercado mostrou, de acordo com o orador, sua ganância: "Devore países inteiros."
A tendência totalitária é agora uma característica do mercado, o que é feito com três setores ainda não hordas e, por outro lado, são os mais rentáveis: educação, saúde e pensões, continuou o jornalista nascido na Espanha e radicado na França .
Esse processo ocorreu em muitos países da América Latina, que deixaram escuro para restaurar ditaduras à democracia. Sim, eram democracias "neoliberal furiosamente", onde o slogan era "privatizar tudo".
Mas o continente americano sofreu uma torção. A pressão dos movimentos sociais terminou com a privatização ea onda neoliberal deu lugar a governos mais progressistas, alguns dos quais têm sido "caricatural" na Europa, reclamou.
Aqueles que são tentados a pensar numa "solução latino-americana" para o que acontece em nosso continente avisou "não traduzíveis, porque são realidades muito diferentes." No entanto, pior é "não prestar atenção ao que aconteceu nesses países, porque deixaria de fora os mais política progressista experiência nos últimos anos."
Para Ignacio Ramonet, um problema adicional para superar o impasse atual é a falta de credibilidade da classe política, que ele definiu como "uma crise dentro da crise" e que levou alguns a falar de uma "sociedade pós-política". A capacidade de manobra dos governos vinculados aos Tratados europeus e as imposições dos mercados, juntamente com a "onda de corrupção" explicar esse fenômeno.
São os movimentos sociais, como o 15-M, o fator que vai deixar a situação e recuperar a política para os cidadãos? Talvez, mas apenas dentro da mesma política, disse Ignacio Ramonet. "Do lado de fora é impossível."
Até onde vai suportar?
A "elasticidade" da sociedade espanhola, assim como a grega ou Português, ainda mais graves situações é testar ambos, de acordo com o diretor do Le Monde Diplomatique. Quando você não dá mais de si mesmos, vai "estourar" . Ou não: Ramonet não sei ao certo. O que deixa claro é que, se no momento em que tem havido, apesar da gravidade da crise e as taxas de desemprego horríveis, é porque as sociedades do Sul da Europa atender duas características: uma grande rede surpreendentemente familiares com Chipre cabeça, seguida da Grécia e da Espanha, algo explicado pelas baixas carinho países do Norte por casa própria - e uma forte tradição de solidariedade, também no seio das famílias. "Isso evita que, quando alguém perde o emprego lhe dá a sensação de perder tudo." No entanto, se a crise continuar, o elástico pode ser quebrado. "Mas não espere que isso", confidenciou Ramonet, que pensa que, apesar de tudo , "há soluções".

CÃES AMERICANOS NO BRASIL

NÃO RIA ! VOCÊ ESTÁ SENDO ESPIONADO...
Este fragmento de lista, refere-se aos AGENTES da CIA em operação no BRASIL.


BRASIL
Cruz, Juan Osvaldo CIA,BRASIL,2006, SEGUNDO JEFE DE ESTACION
Ketchem, Andrita CIA,BRASIL,2006
Hearne, Dennis CIA,BRASIL,2006
Shields, Mathew CIA,BRASIL,2006
Jarvis Sr., Karl J. CIA,BRASIL,2006
Ketchem, Fred CIA,BRASIL,2006
Weissman, William CIA,BRASIL,2006, RIO
Richardson, Camille CIA,BRASIL,2006, RIO
Root, Lance CIA,BRASIL,2006, RIO
Higgins, Peter CIA,BRASIL,2006, SAO PAULO
Verla, Arnold CIA,BRASIL,2006, SAO PAULO
Wilson, Kevin CIA,BRASIL,2006, SAO PAULO
Kahele, Karl J. CIA,BRASIL,2006, SAO PAULO
Coleman, Cecilia CIA,BRASIL,2006, RECIFE
Williamson, Bruce DEA, BRASIL, 2006
Kambourian, John CIA, BRASIL, 2006, JEFE DE ESTACION

LIBERDADE PARA OS CUBANOS

II Jornada de 5 dias em solidariedade pelos Cinco Cubanos começa amanhã (30) em Washington


Tatiana Félix
Adital
Começa amanhã (30) em Washington D.C., Estados Unidos da América (EUA), a II Jornada de Denúncia e Solidariedade ‘5 dias pelos 5 em Washington DC’. O evento, que segue até a próxima quarta-feira (5), reunirá milhares de ativistas, personalidades internacionais e organizações de solidariedade com Cuba.
O objetivo do evento é intensificar e fortalecer o movimento em defesa da liberdade de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González, que, junto de René González, são conhecidos como os cinco cubanos que foram presos em 12 de setembro de 1998 nos Estados Unidos acusados de terrorismo, já que, na verdade, eles atuavam para impedir ações de grupos anticubanos. Depois de ter completado sua condenação, René González está de volta a Cuba. No entanto, o movimento pela defesa dos outros quatro "heróis cubanos” continua, já que a condenação deles é considerada injusta.
Antes da abertura da Jornada, na quinta-feira (30), haverá uma conferência de imprensa com a participação de advogados e convidados especiais para falar sobre a situação dos cinco cubanos e, em seguida, serão dadas as orientações acerca do evento. Às 19h (horário local) haverá a abertura com o ato público "O papel de Cuba na África e os 5 cubanos na Angola”, com projeção do documentário Uma Odisseia na África seguido de debate, que contará com a presença do embaixador cubano em Washington, José Ramón Cabañas, e do representante da Embaixada da Namíbia, Eugene Puryear.
Na sexta-feira (31) serão realizados atos de divulgação pública com distribuição de informação nas ruas em diferentes pontos de Washington e um seminário fechado com residentes cubanos e cubano-americanos nos Estados Unidos, onde serão traçadas estratégias sobre a campanha no país norte-americano pela liberdade dos cubanos acusados injustamente por terrorismo.
Já no sábado (1º) ativistas estadunidenses, canadenses e cubano-americanos realizarão uma grande manifestação em frente à Casa Branca. Para este momento, o Comitê Organizador 1º de Junho, com base em Nova Iorque, está preparando ônibus para fazer uma caravana da qual participam representantes de diversas organizações que lutam pela liberdade dos chamados ‘heróis cubanos’ em vários países. No final da tarde, representantes religiosos e artistas realizam um ato ecumênico cultural na Igreja Saint Stephen, momento que terá a presença da secretária de relações internacionais da Conferência Cristão pela Paz para América Latina e Caribe, Yeidckol Polevensky.
Um evento comunitário com caminhada no centro de Takoma Park e apresentação de Hip Hop dos artistas Head Roc e Mighty Gabby marcam o domingo (2). Na segunda-feira (3) terão início as atividades de Lobbyno Capitólio dos EUA, quando se reunirão parlamentares de países como Venezuela, México, Itália, Chile e Alemanha para participar do evento.
Ainda neste dia haverá debate com juristas internacionais no Centro Legal George Town, convocado pelo advogado dos Cinco Cubanos, Martin Garbus, momento que contará com a contribuição de defensores de direitos humanos e de membros da Anistia Internacional. Após uma reunião com sindicalistas haverá a inauguração de 15 pinturas de Antonio Guerrero durante o Painel de Intelectuais no Busboys and Poets. As obras retratam os primeiros 17 meses que os cinco passaram nas celas de confinamento máximo, há cerca de 15 anos.
Dando continuidade à programação da II Jornada, na terça-feira (4) haverá apresentação, no Busboys and Poets, de três livros que retratam a história dos Cinco Cubanos presos nos Estados Unidos: Os últimos soldados da Guerra Fria, do brasileiro Fernando Morais; O que se encontra através da água: a verdadeira história dos Cinco cubanos, do canadense Stephen Kimber; e Cuba e seus vizinhos: democracia em movimento, de Arnold August.
O encerramento da II Jornada de Denúncia e Solidariedade ‘5 dias pelos 5 em Washington DC’ será marcado na tarde de quarta-feira (5) por uma mostra de fotografias, resultado do percurso feito de motocicleta por três jovens durante seis meses em sete países da América Latina em solidariedade com os heróis cubanos, e com uma videoconferência entre participantes do evento nos EUA e familiares dos cubanos em Havana, momentos que serão realizados na Embaixada da Venezuela em Washington.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

COMO A REVISTA VEJA É PORCA!

Medicos cubanos chegam ao Brasil

OBAMA,"O COVARDE", MANDA SEU CACHORRO PARA O BRASIL !

A visita do vice-presidente dos EUA

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornalBrasil de Fato:

Está chegando ao Brasil, na próxima quarta-feira (29), o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. No Rio de Janeiro, tem programada uma visita à Petrobras para conversar sobre assuntos energéticos. Ele dirá também que os Estados Unidos estão interessados em se converter em sócio estratégico do Brasil.
Depois das andanças pelo Rio de Janeiro, onde será recepcionado por Graça Foster, presidenta da Petrobras, Biden se reunirá com a presidenta Dilma Rousseff e, naturalmente, tentará convencê-la a, de uma vez por todas, fechar negócio para a aquisição de 36 aeronaves da Boeing para as Forças Armadas.

Biden quer evitar que o governo brasileiro decida comprar os Raphales franceses, como parecia que ia acontecer ainda no governo de Luís Inácio Lula da Silva, mas cuja transação acabou sendo suspensa e a decisão da compra adiada para o governo Dilma Rousseff.

Na verdade, essa história dos EUA como “sócio estratégico”, bem como “conversações sobre assuntos energéticos”, não chega a ser um fato novo. Ao longo da história, o tema aparece na ordem do dia e, geralmente, as autoridades estadunidenses têm pressionado sucessivos governos brasileiros no sentido de aceitarem as propostas do “aliado”. Também, provavelmente, não será nada de novo no front midiático a cobertura da vinda do vice-presidente Joe Biden. Ou seja, leitores, telespectadores e ouvintes serão contemplados com deslumbramento e, para variar, subserviência.

E não será também nenhuma novidade o comportamento de jornais como O Globo, por exemplo, que no passado (e no presente) sempre defendeu interesses estadunidenses, mesmo sendo lesivos aos interesses nacionais.

Nesse sentido, vale até uma consulta ao livro, ainda não traduzido para o português, intitulado The Americanization of Brazil, de autoria do historiador da CIA, Gerald Haymes.

No livro, Haymes revela que em 1954 furiosos editoriais de O Globo contra o presidente Getúlio Vargas eram produzidos na Embaixada dos Estados Unidos, então localizada no Rio de Janeiro. A fúria dos estadunidenses se devia, sobretudo, à então recente criação da Petrobras, a mesma empresa que o Departamento de Estado na ocasião, com a ajuda de seus áulicos brasileiros, tentou evitar nascer.

O CARNICEIRO DA GUATEMALA, OS EUA E O ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL...

A mídia e os genocídios na Guatemala

Por Leonardo Wexell Severo

"Aí, o exército entrou no povoado e começou a usar a metralhadora, começou a atirar nas casas... Mataram uma nossa irmã já idosa, com 66 anos. Quando o exército chegou, ela segurava uma criancinha pequena. Estava tentando vestir uma camisetinha na criança, quando o exército a matou. Foi um tiro na cabeça, outro no coração e dois nas pernas. A criancinha também morreu, mas não dos tiros: a mulher caiu de bruços em cima dela".

"O exército prendeu dois irmãos órfãos. Não tinham eles pai nem mãe. Um deles tinha 25 anos de idade e outro dez. Trabalhavam os dois e viviam felizes entre os da comunidade. O exército os prendeu, os foram arrastando e mataram os dois juntos. Mataram-nos com pau ou facão, pois simplesmente os deixaram sem cabeça. Depois de causar essas mortes, o exército queimou as casas da aldeia".
O relato acima, extraído do livro “A resistência na Guatemala”, de Gurriarán Javier (Edições Loyola, 1992), dá um quadro do que foram os massacres perpetrados pelas tropas financiadas pelos EUA e armadas por Israel, “desde a primeira vez, quando o exército queimou nossas aldeias, no ano de 1982”.
A forte presença do imperialismo estadunidense no país centro-americano remonta a 1954, com a CIA por detrás do golpe contra o presidente Jacobo Arbenz, que confrontou os interesses da United Fruit Company ao anunciar a reforma agrária. A partir de então, o regime acumulou cadáveres. De acordo com números preliminares da ONU, a política de terrorismo de Estado produziu 250 mil mortos e desaparecidos. Há quem aponte 400 mil. Sem falar nas centenas de milhares de exilados, num país de menos de 15 milhões de habitantes.
O tempo passou e, no dia 10 de maio de 2013, após mais de uma década de longo e extenso processo, a Justiça da Guatemala condenou o general golpista José Efraín Ríos Montt – que governou o país com mão de ferro entre março de 1982 e agosto de 1983 – a 80 anos de prisão, devido a prática de “genocídio e crimes contra a Humanidade”.
Na vasta e sanguinária obra de Ríos Montt, um apóstolo das relações carnais com os Estados Unidos, consta o massacre de 1.771 indígenas maia-ixil na região do Quiché. Conforme levantamentos das organizações de direitos humanos, somente esta etnia teria sido reduzida em 1/3 durante a “gestão” do ex-ditador, que comandou torturas, assassinatos e estupros coletivos em centenas de aldeias.
Cavalo de pau

Poucas horas depois do tão aguardado juízo contra Ríos Montt, a Corte de Constitucionalidade deu um cavalo de pau jurídico no processo e resolveu anular a sentença e determinar novo julgamento, contando para isso com o apoio dos conglomerados de comunicação, fiéis escudeiros das transnacionais e das empresas locais a ela subordinadas, na banana, no café e nas terceirizadas à la Bangladesh.
Empenhada na blindagem da política de extermínio, a mídia guatemalteca já havia se manifestado em uníssono contra a proposta do Centro para a Ação Legal em Direitos Humanos (CALDH) de “sancionar penalmente as pessoas ou meios de comunicação” que negassem o genocídio. O Centro também pediu que se estendessem as sanções a todas “aquelas expressões ou manifestações de conteúdo racial e discriminatório segundo as recomendações e observações emitidas por organizações internacionais das quais a Guatemala forma parte”.
Reduto dos barões da mídia, a Câmara Guatemalteca de Jornalismo disse “ver com estranheza” a proposta regulatória, alegando que o combate ao racismo e ao preconceito violaria o “direito à liberdade de expressão do pensamento e à liberdade de imprensa”. Seguindo à risca o ideário neoliberal da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), a Câmara vê na proposta o dna de “governantes prepotentes e inescrupulosos” da Venezuela, do Equador e da Bolívia - exatamente os países do Continente que mais avançaram no reconhecimento dos direitos das comunidades indígenas. Alinhada às empresas, a Associação de Jornalistas Guatemaltecos foi mais realista do que o rei, qualificando de “vergonhosa” a declaração do CALDH, já que “se vive em um Estado de Direito, onde a liberdade de expressão é um direito humano”.
Mídia cala, povo fala

Com faixas, cartazes e cruzes com o nome de vítimas, milhares de guatemaltecos marcharam na última sexta-feira (24) pela capital do país para repudiar a anulação da sentença, acusando a Corte de Constitucionalidade de “promotora da impunidade” ao blindar Ríos Montt.
Conforme o último relatório da organização Brigadas Internacionais da Paz, no rastro da impunidade tem se intensificado as agressões contra os defensores de direitos humanos. Entre os inúmeros crimes, assinala o documento, está o assassinato de Carlos Hernández, do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Saúde de Guatemala (SNTSG), em março, e de Daniel Pedro Mateo, do Movimento em defesa da terra e dos bens naturais, em abril.
A organização também alerta para a ocorrência de “graves agressões” às comunidades e organizações de San Rafael Las Flores (Santa Rosa), e denuncia a imposição do “Estado de Exceção” – com toque de recolher – nos municípios de San Rafael Las Flores y Casillas (Santa Rosa), Jalapa e Mataquescuintla (Jalapa).
Empenhada na defesa do governo do atual presidente Otto Pérez Molina, um general reformado alinhado com Washington, a mídia guatemalteca tenta transformar todo e qualquer conflito social em caso de policía, o que tem penalizado sobretudo a organização dos trabalhadores e camponeses. Devido à política de cerco e aniquilamento das entidades, com 15 sindicalistas assassinados a cada ano, a taxa de sindicalização despencou a 1,6%.

COREIA DEMOCRÁTICA QUER A PAZ, OBAMA "O COVARDE", O CONFRONTO.

Pyongyang pediu para substituir o armistício por um tratado formal de paz

KNS AFP / KCNA
A Coreia do Norte chamou Panmujon quarta-feira para substituir o armistício que pôs fim à guerra com o Sul, por um tratado formal de paz, a fim de melhorar a estabilidade na península coreana, informou a agência de notícias Yonhap.
Em um artigo publicado pelo "Rodong Sinmun", o jornal oficial do Partido dos Trabalhadores no poder,  a Coreia do Norte  , disse que "há uma necessidade urgente de substituir o Acordo de Armistício, que é uma relíquia da guerra, pela regra de paz permanente. "  Um armistício não garante "paz e manobras completo em Washington para manter o acordo de cessar-fogo reflete seu desejo de sufocar a Coreia do Norte pela força", diz a publicação. "Se ele tivesse criado um sistema de paz antes da atual disputa sobre a desnuclearização da península coreana não teria se tornado um grande problema ", disse o jornal. Além disso, de acordo com a exercícios militares conjuntos da "Rodong Sinmun" entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, que teve lugar em Março e Abril, "representam uma grave violação do armistício", confirmando que a decisão de Pyongyang para cancelar unilateralmente o pacto de cessar-fogo foi uma resposta direta a essas provocações. Segundo o jornal, não É natural que um acordo de cessar-fogo é mantido por 60 anos e se a situação na península coreana chega a um ponto crítico ", a responsabilidade será dos  EUA " por esforços dificultar a assinatura de um novo tratado para trazer a estabilidade. "esforços para manter o acordo de cessar-fogo que encerrou o conflito de três anos entre as duas Coreias, em julho de 1953, só pode ser interpretado como uma tentativa de iniciar outra guerra de invasão ", gravado pelo jornal. tensão aumentou na península coreana após a aprovação pelo Conselho de novas sanções da ONU contra a Coreia do Norte Segurança em resposta ao terceiro  teste nuclear  por Pyongyang. Enquanto isso, a república comunista responderam às sanções com a ruptura unilateral do armistício que pôs fim à Guerra da Coréia. 


Textocompleten:http://actualidad.rt.com/actualidad/view/95822-coreanorte-reemplazar-armisticio-tratado-paz

terça-feira, 28 de maio de 2013

ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL PATROCINA ASSASSINATOS NA SÍRIA !

Nação e governo sírios, unidos contra os terroristas


"A nação e o governo da Síria lutam juntos contra os grupos terroristas que atacam as infraestruturas e a população civil" desse país árabe, assinalou no domingo (26) o vice-ministro iraniano de Relações Exteriores para Assuntos Árabes e Africanos, Hussein Amir Abdollahian.


Caminhão militar sírio conduz soldados
Caminhão militar sírio conduz soldados
Em uma entrevista dada à emissora iraniana de notícias em árabe Al-Alam, após afirmar que a situação síria superou uma nova etapa, assinalou que a primeira etapa coincidiu em certos aspectos com o devir de alguns países árabes, mas com uma grande diferença: os ocidentais envolveram a Síria em operações e conflitos armados.

Pode-se dizer que a segunda etapa dos avatares na Síria supôs uma guerra terrorista total e se prolongou até dois meses atrás, comentou, mas na fase atual, a nação e o governo estão determinados a erradicar os terroristas e, por isso, obtiveram os últimos êxitos.

Em outro trecho de suas declarações, Amir Abdollahian qualificou de grande êxito o retorno da tranquilidade a Damasco, para depois agregar que, no momento, não existem problemas graves de segurança na cidade, o que evidencia o poder das forças governamentais e do povo sírio.

Amir Abdollahian assinalou que a presença do Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbolá) na Sìria tem relação com a segurança do Líbano e também com a questão da resistência contra o regime de Telavive.

"De fato, em breve serão revelados documentos nos quais está confirmada a orquestração, por parte do regime israelense, de planos que os grupos terroristas executam atualmente na Síria", agregou.

E em relação à participação do Irã na "Conferência Genebra-2º", no caso de receber um convite, assegurou que Teerã apoia qualquer medidada que seja baseada no diálogo, na lógica e nas demandas da nação síria.

Fonte: HispanTV

LUTO

Morre Roberto Civita

segunda-feira, 27 de maio de 2013

PAZ NA COLÔMBIA


Brasil precisa tomar partido em conflito colombiano, diz Marcha Patriótica
Porta-voz do movimento político colombiano sugeriu que governo brasileiro poderia estar respaldando política de Santos.
O movimento político colombiano Marcha Patriótica espera um posicionamento mais “proativo” do governo brasileiro diante do conflito histórico entre o governo da Colômbia e as guerrilhas das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional). David Flórez, porta-voz do movimento, afirmou em entrevista a Opera Mundi que "não está muito claro se (o governo brasileiro) está pela paz ou se respalda a política de Santos”, afirma.

Efe (19/05/2013)
Iván Marquez, líder das FARC na negociação de paz com o governo colombiano em Havana

Flórez e outros membros da coalização política e social da qual faz parte a ex-senadora Piedad Córdoba estiveram em Porto Alegre nos dias 24, 25 e 26 de maio como convidados do Fórum Pela Paz na Colômbia, realizado na Assembleia Legislativa do Estado gaúcho. O evento recebeu grupos de militantes sociais da Argentina e do Uruguai que enfrentaram quase 24 horas de ônibus até a capital do Rio Grande do Sul. Por outro lado, a participação de brasileiros foi tímida.

Atualmente, o governo e as guerrilhas estão em processo de conversações mediadas por Cuba, Noruega, Venezuela e Chile para obter um acordo de paz que ponha fim ao confronto armado que, além dos milhares de mortos, desaparecidos, provocou o deslocamento interno de 4 milhões de pessoas e faz com que a Colômbia seja considerado o quinto país mais violento do mundo pela ONU (Organização das Nações Unidas).


Representantes de organizações sindicais e partidos políticos de esquerda de outros países, como México, Paraguai, Venezuela, Espanha e, claro, Colômbia, debateram durante três dias o conflito que já se estende por quase 50 anos no país. O resultado foi uma declaração final na qual, entre outras medidas, pedem a restituição dos direitos políticos de Piedad Córdoba, ex-senadora cassada por suspeita de ligação com as FARC, e se comprometem a criar um forte movimento continental para respaldar o processo de paz na Colômbia. Piedad, que lidera um grupo chamado “Colombianos e colombianas pela Paz” e negocia a liberação de reféns pelas guerrilhas, era esperada no evento, mas viajou a Quito para a posse do presidente Rafael Correa e conversou via Skype com os participantes do fórum.

OM: A Marcha Patriótica vê com otimismo as negociações em Havana?
David Flórez: Sim, mas também analisamos com responsabilidade o tema nos termos políticos. Acompanhamos e apoiamos o processo de paz, mas propomos elementos que consideramos que precisam ser melhorados para existir um acordo. E um deles é a participação da sociedade no processo de diálogo e construção da paz. Nós não somos contra a presença dos empresários, militares e setores de muito poder político e econômico na mesa. Isso nos parece correto porque significa que eles têm compromisso político. O que somos contra é que esses setores participem das conversas, mas outras partes importantes da sociedade fiquem de fora, como os trabalhadores, os camponeses. Se o tema agrário está em pauta, por exemplo, o mínimo que esperaríamos é que as organizações de camponeses fossem escutadas.

OM: O senhor acredita que um bom acordo de paz será alcançado?
DF: Ainda faltam esforços maiores. Do jeito que está, provavelmente as vozes governistas vão se impor e o governo utilizará qualquer desculpa para sair da mesa. Não gostaria de ser tão enfático, não é tanto. Mas há duas partes na mesa que têm comportamentos diferentes: a insurgência diz claramente que não deixará a mesa de diálogo, que quer a participação dos movimentos sociais, mas a atitude contrária vem sendo do governo nacional. Então, nessa medida, o que nós estamos dizendo é mais do que ‘isso vai fracassar’, estamos fazendo um esforço muito grande para deixar claro que se esses elementos não forem mudados poderão levar as conversas ao fracasso.
Gabriel Munhoz/Opera Mundi

David Flórez, da Marcha Patriótica, defende uma maior participação da sociedade no processo de diálogo e construção da paz

OM: O senhor acredita que, caso a esquerda vença as eleições de 2014, o caminho pode ser facilitado?
DF: Nós sustentamos que a paz não pode depender da agenda eleitoral. A paz precisa ser um compromisso do Estado colombiano. Porque se você jogar dessa forma, diretamente ligado à agenda eleitoral, estará muito ligado se, nesse momento, se considera eleitoralmente rentável apostar pela paz ou não. É certo que, caso haja um governo alternativo, ele pode desenvolver um processo de paz diferente. Atualmente, o panorama não é muito claro na medida da atual configuração do regime político colombiano que impede a participação direta e com garantias de um amplo espectro da sociedade colombiana que se identifica com a esquerda ou com organizações políticas que têm trajetória na esquerda.

OM: em 2012, Santos disse sim à negociação. Agora, há poucas semanas, ele confirmou que tentará a reeleição em 2014. Não parece que sim, o processo de paz está ligado à agenda eleitoral?
DF: Claro, em princípio, há uma agenda eleitoral de Santos sobre sua reeleição que coloca como elemento fundamental o processo de paz. No entanto, o certo é que o discurso de Santos é sempre ambíguo: na segunda fala de paz, na terça fala de guerra, na quarta fala de paz, na quinta fala de guerra... Ou seja, ele não renunciou à guerra como política para derrotar a insurgência ou à fórmula da guerra para gerar legitimidade e apoio para a competição eleitoral. Há um cálculo político cotidiano e, com certeza, o panorama político que se configurará até novembro determinará se a bandeira para a sua campanha será a paz ou a guerra.

OM: Como o movimento avalia o posicionamento das FARC e do ELN na mesa de diálogo?
DF: Em primeiro lugar há uma coisa que é importante observar: a maior parte das propostas que eles apresentaram foi produto de fóruns que feitos na Colômbia – um fórum de desenvolvimento agrário e outro sobre participação política, ambos promovidos pela ONU e pela Universidade Nacional e convocados pela mesa de diálogo. Ou seja, mostra uma atitude de escutar o que dizem os movimentos sociais para propor não apenas a sua própria posição, mas também o que outros setores da sociedade colombiana buscam. Isso me parece muito significativo. Em segundo lugar, o fato de que a insurgência declarou uma trégua unilateral no final do ano passado e começo desse ano demonstra um gesto humanitário, um gesto de ambientação da paz, sem sombra de dúvidas importante.
Em terceiro lugar, no marco de uma sociedade tão polarizada, na qual se estigmatiza tanto as posições e o que se busca é naturalizar o elemento político do conflito, acredito que é muito importante para a sociedade que conheça a guerrilha. Que se veja que não é esse ogro terrorista. Muitos não concordarão com suas ideias, mas que vejam quais são suas propostas políticos. Vínhamos de oito anos de (Álvaro) Uribe nos quais só se falava ‘os terroristas, os terroristas, os terroristas’... E a sociedade colombiana não sabia por que eles existiam e o que estavam propondo.

OM: Como o movimento avalia a participação de Noruega, Cuba, Venezuela e Chile como mediadores das conversações?
DF: É fundamental. Em um conflito como o colombiano, é necessário que eles possam cumprir esse papel de gerar confiança diante do diálogo e que possam efetivamente reprimir os momentos de crítica ao diálogo. Assim, o respaldo da comunidade internacional é fundamental.

OM: Como vocês avaliam a posição do Brasil diante do conflito?
DF: Sem dúvidas, o governo brasileiro precisa ser mais proativo na defesa da paz e tomar partido. A percepção que há desde os movimentos populares na Colômbia é que, é certo que o Brasil colaborou com helicópteros e elementos logísticos para facilitar as liberações de reféns, mas também é certo que hoje há uma série de acordos em termos militares que são muito fortes entre o governo colombiano e o governo brasileiro. Um dos aviões mais utilizados para bombardear constantemente os campos colombianos é o Tucano, que é de fabricação brasileira. E não estamos dizendo que não deve haver cooperação entre os governos, mas sim exigir que um governo que se vê diferente do de Santos tenha também elementos diferentes na forma de cooperação internacional.

OM: Então os movimentos populares da Colômbia esperavam mais de um governo de esquerda como o brasileiro
DF: Claro que sim. Por isso dizemos que (o Brasil) deveria ter um papel mais decisivo e promover uma cooperação diferente com o governo colombiano visando a paz. Não está muito claro se (o governo brasileiro) está pela paz ou se respalda a política de Santos que, ainda que internacionalmente pareça ser uma política pacífica, na realidade, em grande medida, uma política de guerra.

MARROQUINOS PORCOS, TIREM AS PATAS DO SAARA OCIDENTAL !

Saarauis exigem reconhecimento do direito à autodeterminação


No contexto dos 40 anos de fundação da Frente Polisário, que representa o povo saaraui, Ahamed Fal, representante da organização em Portugal, sublinhou ao Avante! que o seu povo continua unido e determinado na defesa do direito à autodeterminação e no propósito de construir uma pátria livre e soberana no Saara Ocidental, ocupado pelo Marrocos com a retirada da Espanha da região.


Diário Liberdade
Saara Ocidental
Crianças erguem bandeira do Saara Ocidental
O Partido Comunista Português fez-se representar por João Ramos, deputado na Assembleia da República, nas iniciativas de comemoração do 40.º aniversário da Frente Polisário, realizadas nos passados dias 10 e 11 de Maio, nos acampamentos de refugiados saarauis na região de Tindouf, na Argélia.

A resistência e luta armada da Frente Polisário (primeiro contra o colonialismo espanhol e, posteriormente, a ocupação marroquina), iniciada em 1973 e interrompida pelo cessar-fogo de 1991, foi determinante para o reconhecimento e exigência do direito do povo Saaráui à autodeterminação, nomeadamente pelo estabelecimento de uma missão da ONU cujo objectivo é vigiar o cessar-fogo e monitorizar a realização de um referendo. Contudo, o Reino de Marrocos, ocupante ilegal do Saará Ocidental, nunca permitiu a realização da consulta popular.

João Ramos constatou que o governo da República Árabe Saaraui Democrática (RASD) e a Frente Polisário, enquanto garante da unidade do povo saarauí e vanguarda da luta pela libertação do Saará Ocidental, mantêm uma intensa actividade diplomática visando que os estados europeus reconheçam o seu país. Este é o mais imediato objectivo da Frente Polisário que, no entanto, não abdica do legítimo direito à resistência contra o colonialismo, como, aliás, sublinhou o Presidente da RASD e Secretário-geral da Frente Polisário, testemunhou o representante do Partido nas cerimónias oficiais.

Coloca-se como imperiosa a resolução deste conflito que mantém o Saará Ocidental como a última colónia africana e o seu povo dividido entre os territórios ocupados e os acampamentos de refugiados, reiterou o PCP nas comemorações em Tindouf, onde reafirmou, igualmente, na mensagem que entregou à Frente Polisário, a solidariedade de sempre para com a luta pela libertação do Saará Ocidental e pelo direito do povo Saaráui à autodeterminação, a ter o seu país, a gerir os seus recursos e a decidir o seu futuro.

Leia a seguir a entrevista feita com Ahamed Fal pelo Avante!

Avante!: 
Que balanço faz a Polisário destas quatro décadas de luta, e que desafios enfrenta?
Ahamed Fal: Um balanço muito positivo do ponto de vista político e diplomático. Desde logo porque somos unanimemente reconhecidos como a única força legítima representante dos interesses dos saaráuis. Depois, porque na sequência da luta travada pela independência e contra a ocupação marroquina, o nosso povo criou a República Árabe Saaráui Democrática, que hoje é reconhecida por mais de 80 países, tem representações em quase todos os continentes e é membro-fundador da União Africana.

Permanecem desafios e dificuldades, evidentemente, relacionados com a ocupação ilegal por parte de Marrocos da maior parte do nosso território, com a repressão, perseguição, marginalização e discriminação brutais do nosso povo nos territórios ocupados, situações inadmissíveis que devem ser denunciadas e amplamente repudiadas.

O mandato da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saará Ocidental (Minurso) foi recentemente prolongado, mas permanece sem competência para monitorizar essas violações dos direitos humanos, não é verdade?
Foi até por proposta da actual administração norte-americana que o Conselho de Segurança das Nações Unidas ponderou dotar a Minurso de competência para vigiar o cumprimento dos direitos humanos nos territórios ocupados. O mandato acabou por ser prolongado por mais um ano sem essa faculdade devido à oposição da França, o que é lamentável, até porque a Minurso é a única missão da ONU que não têm essa competência atribuída.

Fica o facto dos EUA terem apresentado a proposta em resultado da enorme pressão exercida por várias organizações de defesa dos direitos humanos, as mais conhecidas das quais são a Humans Rights Watch e a Amnistia Internacional, bem como fruto das denúncias permanentes de dezenas de organizações e grupos solidários com o Saara Ocidental.

Ainda nos primeiros dias de Maio há registo da repressão dos protestos nos territórios ocupados...
Sim, nas manifestações populares em El-Aiún, Smara, Bojador e noutras cidades dos territórios ocupados. Não obstante, a Minurso permanece com as mesmas competências que tem desde 1991: zelar pelo cumprimento do cessar-fogo entre a Frente Polisário e Marrocos, subscrito após 16 anos de luta armada.

O que se passa hoje nos territórios ocupados é muito mais facilmente divulgado devido aos modernos instrumentos de comunicação. Marrocos já não monopoliza a informação, nem consegue, como antes, impor o bloqueio. Isso leva à ampliação da solidariedade para com a causa saaráui e para com a situação nos territórios ocupados, bem como à constatação da justeza da nossa luta.

As forças progressistas e democráticas de todo o mundo não podem ficar indiferentes à liquidação física do nosso povo.

Em que ponto estão as conversações com Marrocos?Estão paralisadas porque, usando de falsos argumentos, Marrocos considerou o representante especial do secretário-geral da ONU, Christopher Ross, inapto para dirigir as negociações. Dizem que é defensor dos direitos do Saará Ocidental.

O que é que defende a Polisário para esse diálogo?
Defende o cumprimento do plano de paz, no âmbito do qual é reconhecido o direito do povo saaráui a pronunciar-se livremente sobre se pretende a independência, a autonomia ou a integração total em Marrocos. Marrocos não quer dar essa oportunidade e tudo faz para o impedir.

Quer impor a política do facto consumado. Quer que seja reconhecida internacionalmente a ilegal ocupação do Saara Ocidental e o território como seu, «oferecendo» em contrapartida uma autonomia limitada.

Nós exigimos um processo de consulta popular. Exigimos que, democraticamente, seja o povo saaraui a decidir o próprio destino.

Qual é a situação nos acampamentos de refugiados?

Grande parte do povo Saaráui encontra-se desde 1975 nos acampamentos no Sul da Argélia. É uma situação muito difícil do ponto de vista humanitário. É extremamente duro sobreviver num deserto, num território inóspito. Neste momento, a ajuda internacional e solidária, da qual depende quase totalmente a população, reduziu-se em cerca de 70 por cento devido à crise económica global. Mas resistimos durante estes 36 anos, e nos acampamentos, nos territórios ocupados ou no exílio, a esmagadora maioria do saaráuis estão determinados em continuar a luta por uma pátria livre e soberana.

Fonte: Avante!

VIVA CRISTINA !!

Dez anos de Kirchnerismo

http://www.pagina12.com.ar
Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

A Argentina completa este sábado, 25 de maio, data nacional, dez anos da posse de Nestor Kirchner como presidente, que foi seguido por dois mandatos de Cristina Kirchner. É um período peculiar da Argentina, porque foi antecedido de momentos muito traumáticos: a ditadura e o terror que se implantou no país, as crises de hiperinflação no governo Alfonsin, e a implosão da política de paridade com o dólar, que produziu a maior crise econômica, social e politica do país, em muito tempo.
Kirchner foi eleito de maneira sui generis. Menem se candidatou e prometeu que dessa vez iria dolarizar completamente a economia argentina – o que causaria danos irreparáveis ao país e à integração latino-americana. Kirchner ficou em segundo lugar no primeiro turno. Diante dos apoios que Kirchner recebeu, que fatalmente o derrotariam no segundo turno, Menem renunciou e Kirchner assumiu a presidência dez anos atrás.

Herança mais maldita não poderia haver: a suicida política de paridade com o dólar – aprovada como medida de proteção contra as hiperinflações – teria que explodir um dia. Explodiu no colo do radical Fernando de la Rua, que manteve a política herdada e fugiu da Casa Rosada em helicóptero, antes de ser derrubado, como reação à repressão que seu governo desatou diante dos protestos de uma população que se sentiu enganada com a pauperização brutal e repentina que o fim da paridade trouxe.

Kirchner assumiu a política de renegociação da dívida externa, diante de uma economia não apenas em profunda crise, mas com um Estado praticamente sem patrimônio para dar de garantia a empréstimos, como resultado das privatizações de Menem. A Argentina, que havia sido auto-suficiente em petróleo, privatizou em uma semana sua empresa estatal, a YPMF, e passou a ter um imenso déficit energético e de recursos para comprar petróleo e gás do exterior e subsidiar seu consumo à população.

Mas, sobretudo, Kirchner inaugurou uma nova e agressiva política de apuração das responsabilidades durante a ditadura militar, que permitiu reabrir processos, condenar e colocar na prisão os principais responsáveis pelos massacres durante a ditadura.

Kirchner representou, na Argentina, a alternativa de superação do neoliberalismo. A economia do país se recuperou de forma acelerada durante toda a década passada, apesar da terrível herança recebida.

Seu governo, assim como os outros governos pós-neoliberais do continente, encontrou na velha mídia seu adversário mais importante, diante da fraqueza dos partidos opositores. Cristina enviou ao Congresso a primeira e mais importante iniciativa de democratização dos meios de comunicação, aprovada pelo Congresso, mas brecada, até aqui, pelo Judiciário.

Outra iniciativa similar foi a de democratização do Judiciário, igualmente aprovada pelo Congresso, que permitirá a eleição de uma parte dos juízes da instância superior do Judiciário pelo voto popular.

Do ponto de vista econômico, o governo conseguiu renegociar a quase totalidade da sua dívida, mas restam 8% que são utilizados pelas empresas abutre, para introduzir dificuldades para a Argentina obter créditos externos. Querem também deixar consignado que o caminho argentino não valeria a pena, para desencorajar a outros países – como, por exemplo, a Grécia – a seguir pela via da renegociação da dívida.

As eleições parlamentares complementares deste ano definem se o governo conseguirá 2/3 de congressistas, para poder convocar referendo sobre reforma da constituição, o que poderia permitir que Cristina se candidate a um novo mandato. Embora com desgastes nos últimos meses – produto da inflação, do desabastecimento e de conflitos internos ao peronismo, que levaram a que o setor mais importante da principal central sindical, a CGT, passasse ativamente à oposição ao governo –, ela continua a ser, de longe, a líder com maior prestígio no país. Caso não consiga um novo mandato, se abre um período de incertezas políticas no país, porque não há outro candidato kirchnerista que aparentemente possa triunfar. Na oposição tampouco o quadro é claro, sem lideranças, nem plataforma – como aqui.

A comemoração de hoje, na Praça de Maio, leva a consigna ‘Una década ganada’. Mais que justa, se consideramos o país desfeito que deixaram Menem e De la Rua, e a recuperação e estabilidade econômica e política que os governos kirchneristas conseguiram.

sábado, 25 de maio de 2013

UMBERTO ECO

“Internet ha multiplicado la soledad”: Umberto Eco


Foto: Cristóbal Manuel/El País.
Foto: Cristóbal Manuel/El País.
Umberto Eco (Alessandria, 1932) ha llegado a Burgos como el peregrino que remata su andadura en Santiago: con la sensación de haber cumplido una promesa. “Cuando tenía 20 años y preparaba mi tesis sobre estética medieval, veía que el modelo de los portales románicos que estudiaba eran las escenas del Apocalipsis de [las iglesias de] Castilla y León. Uno de los más bellos Apocalipsis se encontraba en Burgos, aunque ya no existe. Además, al escribir El nombre de la rosa tenía en mente la idea de un bibliotecario ciego también de Burgos, de Silos; es decir, todas mis fantasías han pasado por aquí”, cuenta satisfecho. El semiólogo recibió ayer en la Universidad de Burgos un doctorado Honoris Causa —“el 39º”, recuerda— en Historia Medieval.
El escritor, autor de ensayos sobre cómics y de novelas exitosas como la citada, de 1980, o El péndulo de Foucault (1989) —ejemplos de lo que los críticos han dado en llamar, no sin reparos por la contradicción, best sellers cultos—, aparenta veinte años menos y apenas si utiliza un bastón para apoyarse; de hecho, arrastra más las erres que las piernas. La víspera ha estado trepando por las escaleras de un archivo burgalés “donde se encuentran ejemplares con más de mil años de antigüedad, y sin embargo nadie es capaz de decirnos cuánto nos va a durar un USB…” La conversación va de la ceca a la meca y vuelve a las andadas, del libro al ciberespacio; a juzgar por las continuas referencias informáticas, podría deducirse que si tuviera que reeditar su clásico Apocalípticos e integrados (1964), el célebre ensayo sobre la comunicación de masas, podría renombrarlo Apocalípticos y enRedados. De la Galaxia Gutenberg a la Galaxia Internet, el semiólogo italiano teje una sutil tela de araña plagada de referencias librescas y detalles tecnológicos y de actualidad a los que solo pone un coto: ni una palabra sobre política italiana o la crisis europea.
Cosa extraña esta última, porque su discurso está empapado de un entusiasta fervor europeísta, aunque no deja de reconocer la crisis de ideas (o la lucha de tópicos) actual. “Sí, Europa está dividida en dos estratos: uno superior con una profunda identidad europea; usted lo sabe todo sobre el Fausto de Goethe, nosotros todo sobre Don Quijote, tenemos una cultura común. He encontrado hace poco una página bellísima de Proust, en el último volumen de En busca del tiempo perdido, cuando cuenta desde París la guerra contra los alemanes y cómo bombardeaban estos la ciudad, y sin embargo los personajes, que sabían que podían morir bajo las bombas, escribían artículos sobre Schiller. La clase intelectual (francesa), al margen de la guerra, continuaba sintiéndose europea. Esto no sucede con personas de otro medio intelectual, que no han comprendido todavía que tienen la suerte, por primera vez en cincuenta años, de no estar matándose entre ellos. En Europa han muerto 40 millones de personas. Pero la comodidad de atravesar las fronteras sin papeles ha hecho olvidar todo eso”.
Para forjar más Europa, Eco reivindica fórmulas de intercambio como el Erasmus. “Ha sido una gran idea, no solo porque ha permitido conocerse, e incluso casarse, a europeos de distintos países, y permitirá crear en las próximas décadas una clase dirigente al menos bilingüe… Pero fuera de ese nivel es muy difícil. En un congreso de alcaldes europeos en Florencia, propuse para los trabajadores [municipales] un intercambio parecido al Erasmus, y salió un alcalde de Gales, y dijo: “Me la sopla que uno de los míos vaya a Ámsterdam; en todo caso a Londres… (risas)”.
Hablando de Europa, resulta imposible sustraerse a la palabra crisis, aunque orille adrede lo político. ¿La crisis le sienta mal a la cultura, la perturba mucho o, al contrario, la espolea? “La cultura es una crisis continua. La cultura no está en crisis, es una crisis continua. La crisis es condición necesaria para su desarrollo”. ¿Y la mercantilización del producto cultural, o el riesgo de privatización del patrimonio? Es un fenómeno que en realidad tiene muchos siglos de antigüedad, recuerda Eco, en referencia al patrocinio privado de actividades culturales (la restauración del Coliseo romano por una firma de zapatos, o los palacios venecianos propiedad de grandes fortunas que exhiben su poderío y su logo): “Eso siempre ha existido. Virgilio era pagado por Augusto; Ariosto cobraba de un duque. De alguna manera, si yo hubiese vivido en el siglo XVII habría debido estado al servicio de un señor; hoy no, mi trabajo literario o docente me permite vivir. En este sentido, la cultura es hoy más libre. Todos los textos en el ochocientos se inician con una loa al señor, al rey, es como si hoy tuviese que encabezar todos mis libros con un elogio de Berlusconi (risas)… Es justo que una empresa colabore con fondos para restaurar el Coliseo de Roma…”
En sus múltiples escritos Eco ha dejado dicho que la verdadera felicidad es la inquietud por saber, por conocer. “Es lo que Aristóteles llamaba maravillarse, sorprenderse… La filosofía siempre comienza con un gran ohhh!” ¿Y el conocimiento es acaso como el viaje a Ítaca de Kavafis, un recorrido que no debe terminar jamás? “Sí, pero además el placer de conocer no tiene nada de aristocrático, es un campesino que descubre un nuevo modo de hacer un injerto; evidentemente, hay campesinos a los que esos pequeños descubrimientos procuran placer y a otros no. Son dos especies distintas, pero naturalmente depende del ambiente; a mí me inoculó el gusto por los libros de pequeño… Y por eso al cabo de los años soy feliz, y a veces infeliz, pero vivo activamente mientras que muchos viven como vegetales”.
Un bibliómano como Eco ha integrado la presencia de Internet en su vida diaria como en su día hiciera con el automóvil o el telefonino (que no suena ni una vez durante el encuentro): como un hecho consumado ni manifiestamente bueno ni todo lo contrario. “Internet es como la vida, donde te encuentras personas inteligentísimas y cretinas. En Internet está todo el saber, pero también todo su contrario, y esta es la tragedia. Y además si fuese todo el saber, ya sería un exceso de información… Si yo comienzo a estudiar en la escuela necesito un libro así [hace un apócope con las manos], no uno enorme, que no entenderé, a nadie se le ocurre darle la [Enciclopedia] Británica a un niño…”
Como investigador, Eco utiliza Internet como lo que considera que debe ser, una herramienta, y no un fin en sí mismo. Por tanto, no augura conflictos de intereses -ni de espacios- entre lo virtual y la realidad tangible del papel, bien sea prensa o un volumen de mil páginas. “Se puede leer Guerra y paz en ebook, obviamente, pero si lo has leído hace diez años, y lo retomas, el libro objeto te mostrará los signos del tiempo y de la lectura previa… Releerlo en un ebook es como leerlo por primera vez. Es una relación afectiva, como ver de nuevo la foto de la abuela (risas)… El libro como objeto continuará existiendo, de la misma manera que la bicicleta sigue existiendo pese a la invención del automóvil; es más, hoy hay más bicicletas que hace unos años. Lo mismo podemos decir del fin de la radio por culpa de la televisión…”.
“Internet es una cosa y su contraria. Podría remediar la soledad de muchos, pero resulta que la ha multiplicado; Internet ha permitido a muchos trabajar desde casa, y eso ha aumentado su aislamiento. Y genera sus propios remedios para eliminar ese aislamiento, Twitter, Facebook, que acaban incrementándola porque relaciona con figuras muchas veces fantasmagóricas, porque uno cree estar en contacto con una bellísima muchacha que en realidad resulta ser un mariscal de la Guardia Civil… (risas)”.
El doctor Honoris Causa se despide recomendando una lectura de prensa casi con lápiz y papel. “Los periódicos han perdido muchísimas funciones. Por la mañana lo hojeo rápidamente porque las noticias principales ya me las ha contado la televisión, pero continúa siendo importante por los editoriales, por los análisis, y es fundamental no leer uno, sino al menos dos cada día. Se debería enseñar a leer periódicos a la gente, dos o tres, para ver la diferencia entre las opiniones, no para conocer las noticias, eso ya nos lo dice la tele”.
La televisión, esa tele vulgarizada hasta el extremo por obra y gracia de ese Berlusconi de quien sigue resistiéndose a hablar más que de pasada, pero que vino a ser, en versión embrionaria, la gran revolución sociocultural que Internet fue después. “La televisión en Italia ha hecho mucho bien a los pobres, les ha enseñado un nivel estándar de idioma, y mal a los ricos, que se quedaban en casa en vez de ir a un concierto. Y no hablamos de ricos o pobres en función del dinero que tengan, sino de ideas, de ganas. La televisión en Italia ha enseñado a hablar a masas de campesinos, obreros, en la Italia unificada. Internet es lo contrario: a los ricos que lo saben usar, les va bien; los pobres, que no lo saben usar, no tienen capacidad para distinguir”.
(Con información de El País)