sexta-feira, 31 de maio de 2013

GOLPISTA DE PLANTÃO SAQUEIA OS COFRES PÚBLICOS

Paraguai: Cartes acusa Franco de esvaziar cofres públicos


O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, acusou o governo de Federico Franco — que assumiu o poder após o golpe de Estado que destituiu o presidente constitucionalmente eleito Fernando Lugo — de esvaziar os cofres do país. Para Cartes, os gastos do Executivo são excessivos. O “mandato” de Franco termina em agosto, quando Cartes o substituirá, no dia 15.


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Cartes Franco
Cartes critica gastos públicos do governo Franco
A transição da presidência se complicou após Cartes ter denunciado a grave situação orçamental e fiscal. “No começo estava preocupado e hoje estou desesperado. Não apenas porque o caixa está vazio, mas pelo ódio com que olham para os cofres do governo, com o desprezo com que maneja o alheio. A sanha com que levam o que não é deles é impressionante”, manifestou Cartes.

Inicialmente ambas as partes prometeram uma transição ordenada, com equipes técnicas e garantia de um diálogo permanente. Mas Franco se negou a manter o diálogo e informar sobre o estado das negociações. Cartes também questionou a intenção do governo de licitar 3.895 obras e projetos, das quais já licitou 1.604.

Por outro lado, busca avançar apressadamente no resto, o que comprometeria o orçamento com contratos plurianuais e em obras sem peso algum em infraestrutura, saúde, educação ou moradia, advertiu Cartes. O futuro mandatário reclama que sua equipe, que deveria receber corretamente todas as informações sobre todas as licitações para decidir sobre a continuidade ou não das mesmas, não as recebeu. E pediu ao Ministério da Fazenda a suspensão de todas as obras para que possa ser avaliada a existência de fundos para a conclusão das mesmas.

Corrupção 
O ministro da saúde, Antonio Arbo, revelou que, em mais de uma ocasião empresas provedoras de medicamentos tentaram suborna-lo em processos de licitação e admitiu que o atraso nos pagamentos do Estado a seus fornecedores facilita a corrupção no país. “Este é o costume do Estado no Paraguai, que tem sempre favorecido a corrupção. O Estado atrasa os pagamentos e facilita a corrupção. Aos fornecedores é conveniente e tam´bem ao Estado”, declarou.

Com informações do Página/12