sexta-feira, 21 de junho de 2013

ESTADO TERRORISTA DE ISRAEL - O RESPONSÁVEL !

Situação dos refugiados palestinos é responsabilidade de Israel


No Dia Internacional dos Refugiados, nesta quarta-feira (19), a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) pediu à comunidade internacional que responsabilize Israel pelo problema que criou, em 1948, com milhares de refugiados palestinos, expulsos das suas terras e vilas para outras localidades e países. Pouco mais de 42% dos palestinos na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Leste são refugiados.


Membro do Comitê Executivo da OLP, a advogada Hanan Ashrawi disse que todos os membros da comunidade internacional devem responsabilizar Israel pelo papel “na perda do nosso povo [...], uma expulsão violenta e massiva e pela criação e manutenção da trágica situação dos refugiados”.

Ela disse que, como estipulado no direito internacional humanitário, o povo palestino, sob ocupação ou no exílio, têm direito a nada menos do que à sua independência, dignidade e autodeterminação, e uma solução justa ao seu pleito trágico.

“Há 65 anos, o povo palestino sofreu uma grave injustiça histórica com a criação do Estado de Israel na sua terra, e o desalojamento forçado e expulsão de 750.000 palestinos autóctones; isso é conhecido como a ‘Nakba’, a catástrofe”, ela disse. 

“O processo de vitimização, exclusão e opressão continua até hoje; Israel persiste na violação de direitos humanos e do direito internacional, agindo com impunidade e beneficiando de imunidade total. A ocupação militar da Cisjordânia e Gaza que começou em 1967 é mais uma forma de opressão manifestando-se no cativeiro cruel do povo, da sua terra e dos seus recursos”, disse Hanan.

Ela reivindicou que Israel “admita a sua culpabilidade, e assim a sua responsabilidade pela retificação de tal injustiça nos níveis humano, moral, político e legal”, e disse que “o caso palestino não é uma questão de narrativa disputada, direitos ou território; continua sendo uma questão de justiça inquestionável e de humanidade”, completou.

Números


Pouco mais de 42% da população palestina na Cisjordânia, em Jerusalém Leste e na Faixa de Gaza são refugiados, e 41% deles têm menos de 15 anos de idade, de acordo com o Birô Central Palestino de Estatísticas (PCBS), em informações publicadas nesta quinta (20).

O PCBS informou que, segundo dados da Agência da ONU para Assistência e Trabalhos para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), há 5,3 milhões de refugiados registrados, dos quais 40% estão na Jordânia, 24% na Faixa de Gaza, 17% na Cisjordânia, 10% na Síria e 9% no Líbano, entre os refugiados sob o auspício da agência. Além deles, também há palestinos em outros países da região, como no Iraque e na Arábia Saudita, por exemplo. 

Dados de 2012 mostraram que a porcentagem de refugiados na Palestina era de 42,1% do total da população, com aproximadamente 27% do total da população da Cisjordânia e 67% da população da Faixa de Gaza. Além disso, 31% dos palestinos refugiados na Cisjordânia e na Faixa de Gaza vivem abaixo da linha da pobreza.

Isso é reforçado pelo fato de que se trata de uma população jovem, da qual 41% tem menos de 15 anos, enquanto 28% dos maiores de 15 anos estão desempregados, em comparação com uma taxa de 20% entre os não refugiados.

Como em ciências políticas o conceito de “refugiado” refere-se àquele que atravessou as fronteiras do seu país em busca de refúgio contra a perseguição, por quaisquer motivos, muitos palestinos são denominados “deslocados internos”, em algumas situações, mas como ainda não têm um país oficialmente reconhecido, com fronteiras definidas, o conceito fica inválido.

Com informações da Wafa,
Moara Crivelente, da redação do Vermelho