Chávez vive
Para os pobres coitados que se informam pela mídia brasileira, o fim do chavismo era uma questão de meses - de horas, se você é do tipo que dá ouvidos a waacks e bonners sem outros filtros intelectuais.
As recentes eleições municipais venezuelanas deveriam ter servido, portanto, para colocar uma pá de cal sobre a herança política de Hugo Chávez.
Mas eis que se abrem as urnas e o que vemos é o seguinte:
1) O chavismo fez 210 prefeituras do país, o que equivale a 76% dos postos em disputa.
2) Das 24 capitais estaduais, os chavistas ficaram com 15.
3) Venceram a oposição (e os barões locais da mídia) por 49,24% dos votos totais x 42,76% . Ou seja, 6,5% de diferença, quando há sete meses, nas eleições presidenciais, a diferença havia sido de 1,5%.
Morto, Chávez ainda é a maior força política da Venezuela.
E, curiosamente, ainda faz a direita brasileira se borrar nas calças.
