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Este é uma contra ofensiva, ou mais um episódio da novela de desentendimentos entre os dois países, uma vez que Manágua aguarda o julgamento de processo na Corte Internacional de Justiça (CIJ) onde é acusada de invadir a costa caribenha do país vizinho e por um possível dano ambiental durante a construção de uma rodovia na fronteira. Por conta deste primeiro processo, em 2010, a presidente costarriquenha chegou a chamar o seu colega de inimigo. Os dois governos esperam os veredictos e se acusam mutuamente de descumprimento das medidas preventivas.
Chinchilla considerou a intenção de Ortega reivindicar a posse de Guanacaste uma ofensa ao seu país e responde às investidas do seu vizinho do norte denunciando a intenção à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Esta é a segunda vez que a mandatária reage com firmeza a conflito de fronteira. Em outubro de 2010, reagiu com firmeza à presença de militares nicaraguenses em Calero, em San José.

Laura Chinchilla solicita às instituições internacionais que a Costa Rica precisa ter um exército forte para conter o "caráter expansionista” da Nicarágua. Ela fala que estas "pretensões absurdas” do país vizinho vão incidir sobre uma província de 300 mil habitantes, onde existe um forte setor turístico e potencial energético, além de um mar patrimonial e zona de marinas com riquezas petrolíferas.
Daniel Ortega, por sua vez, afirma que os interesses do seu país são legítimos e a Costa Rica está atuando como um aliado da Colômbia, outro rival do a Costa Rica ganhou em 2012 um processo na Corte de Haya, e foi ressarcida em espécie. Na verdade, o discurso do nicaragüense que desencadeou novo conflito, está sendo refeito e não foi dada a certeza de um novo processo em Haya e está sem confirmação. Esta semana, porém, Bayardo Arce, um dos assessores próximos ao presidente da Nicarágua, chegou a desmentir que haveria uma reivindicação formal por Guanacaste como foi entendido pelo país vizinho, mas alusões hipotéticas do presidente. Para Arce, Chinchilla está "buscando oxigênio” para melhorar sua popularidade faltando oito meses para as eleições.
Com informações Instituto PRISMA